tag:blogger.com,1999:blog-273969172024-03-07T06:23:26.369-03:00Ai, minha coluna!Este é um blog pessoal, então, o que surge aqui são assuntos que estão mais pertinentes em meus momentos. Muitas vezes são baseados em discussões em aula, em debates virtuais, ou com amigos.
"I’m a product of my environment. So don’t blame me, I just work here."Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.comBlogger212125tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-46813246609059436222023-05-18T14:59:00.011-03:002023-05-18T15:02:45.930-03:00Sobre racismo reverso *arrepio*<p> Eu sou uma pessoa que fica indignada quando uma pessoa preta invalida minha análise, pesquisa, que seja, sobre racismo na sociedade pelo fato de eu ser branca. Já fiquei muito revoltada com a pauta por conta disso.</p><p>Mas quando acontecem situações como hoje, me gera uma revolta maior ainda:</p><p>Dentro de uma sala de professores, com educadores, mestres, doutores e doutoras, pesquisadores, advogados, escritores… começa aquele papo "descontraído" de:</p><p><br /></p><p>- "Nega maluca" agora é bolo afrodescendente, hahaha;</p><p>- Pedir "negrinho" na padaria não pode, mas "branquinho" pode kakaka;</p><p>-Agora não pode dizer mais "índio", que bobagem, hehehe.</p><p><br /></p><p>Em um grupo de pessoas brancas, com uma pessoa preta que endossa as piadas - elemento que cito apenas porque os demais devem se sentir absolutamente validados por conta do aval desta - , parece muito com aquela máxima "eu tenho até amigos que são".</p><p>Dentre essa gente toda, teve um professor que ainda argumentou que o texto dele foi recusado em uma revista com o argumento de que não se encaixaria nos critérios de publicação, segundo ele, só porque é branco. Porém, depois desse carnaval do horror, acredito que esse com certeza não foi o único argumento para a recusa ao artigo. A profunda ignorância demonstrada na conversa, sobre racismo e preconceito com os povos indígenas, me faz questionar a pretensa metodologia de pesquisa e análise que dê suporte a esses comentários rasteiros.</p><p><br /></p><p>Quando isso tudo acontece, eu penso "poxa, o tanto de bost* que essa gente fala, agora eu entendo quando as pessoas pretas têm ranço de branco".</p><p><br /></p><p>Eu fiquei quieta, apenas pontuei sobre a nomenclatura correta sobre os povos originários da América Latina, afinal, professor em final de trimestre tem tanto estresse que só quer ficar no cantinho escuro em posição fetal. Então, depois veio aquele clássico pensamento "eu era pra ter dito…" e lembrei, inclusive, que eu tinha o desejo de trabalhar na disciplina de Direitos Humanos no início do ano letivo, mas este professor em específico ficou com a vaga por ter formação "mais adequada". </p><p>Aí vem outra reflexão: eu gostaria de ter um ego de milhões, mas ao mesmo tempo, gente com estoque ilimitado de ego me soa tão patética, ignorante, que não consigo decidir se trabalho o ego na terapia, pra tentar validar minhas conquistas e capacidades, ou se continuo na humildade, mas ao menos sem parecer ridícula.</p><p><br /></p><p>Na boa, esse episódio mexeu tanto com minhas crenças sociais que me fez lembrar do blog pra escrever, colocar pra fora, correndo um risco ínfimo de que chegue aos ouvidos desses colegas, e eu não precise cuspir tudo pessoalmente e sem a menor paciência.</p><p><br /></p>Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-29076715790365054712019-11-17T20:12:00.002-03:002019-11-17T20:12:23.890-03:00Mais uma greve do Magistério do RSÀs comunidades escolares às quais faço parte:<br />
<br />
Já começamos por aí, porque professor tem que se desdobrar em duas, três, quatro escolas para conseguir cumprir sua carga horária com um salário minimamente "possível".<br />
<br />
Demorei muito para tomar essa decisão, porque os professores que fizeram greve em 2017 estão até hoje sofrendo as consequências da luta de três meses, ao lado e com o apoio fundamental dos estudantes.<br />
<br />
O cansaço, desde lá, desde o último reajuste, desde o início do parcelamento dos salários, me fez estar desde outubro contando as semanas para finalizar o ano letivo e conseguir descansar a cabeça (e ter mais um tempinho pra formação continuada, pós-graduações, pesquisas e estudos pra concursos).<br />
<br />
Os últimos anos, e esse em especial, têm sido de completo abandono da minha classe profissional por parte dos governantes e da sociedade. Só sofremos condenações de todos os lados, até chegar 15 de outubro e todo mundo postar que "professor é a mais importante das profissões".<br />
<br />
O pacote de alterações no plano de carreira do Magistério que o governador encaminhou quarta-feira para a Assembléia, nos tira todas as perspectivas de melhora na profissão.<br />
<br />
Promete o piso (que é uma base mínima salarial), tirando todas as progressões por tempo, permanência, e aperfeiçoamento. Ou seja, torna o piso em teto (o máximo que podemos ganhar) e desestimula qualquer um a se qualificar para cada vez mais apresentar um trabalho significativo nas comunidades escolares.<br />
<br />
Estamos ficando doentes com a falta de atenção dada à nossa categoria: depressão pela falta de perspectivas, ansiedade por ter de lidar com tantos problemas que os estudantes trazem das suas vidas para a escola, problemas físicos por esforço repetitivo e falta de dinheiro para tratamento adequado, etc.<br />
<br />
Além disso, alguém já parou pra pensar qual jovem vai optar por cursar licenciatura quando souber que vai entrar no mercado de trabalho e morrer com pouco mais de 1.500 reais de salário?<br />
<br />
É o fim da Educação Pública, é o fim da dignidade e esperança do trabalhador em Educação.<br />
<br />
Então, por mais que eu tenha medo do governo e da desunião da categoria, por mais que eu esteja ansiosa para descansar a cabeça dos milhares de problemas escolares de centenas de crianças que enfrentamos ao longo do ano, ESTOU EM GREVE.<br />
<br />
Ah, e por quê agora e não antes? Se fosse antes do pacote entrar na Assembléia, diriam que não teríamos motivo de entrar em greve, já que o "bom governador prometeu parar o parcelamento só no final do ano". E por quê não depois? Porque a Assembleia tem até final de dezembro para votar o pacote, e o foco é no que podemos mobilizar para amenizar o ataque desumano à nossa categoria. De nada adiantaria mais voltarmos 2020 em greve, pois o malfeito já estaria feito.<br />
<br />
Enfim, ninguém, ninguém mesmo, queria essa greve a essa altura do ano letivo, mas é a nossa última chance de resistir. Depois, é só ladeira abaixo.Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-18944205172700078792019-04-01T11:26:00.004-03:002019-04-01T11:26:52.148-03:00Os Bolsonaristas e a Globo <div style="text-align: justify;">
UM MANIFESTO</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bolsominions são tão imbecis, que acham que atacando a Globo, atacam junto a esquerda.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
São tão amadores, que não sabem o que é ter um governo desestabilizado pela mídia e pelos opositores por, no mínimo, 4 anos, ouvindo a população dizer "eu acredito porque apareceu na Globo" e ver a líder de estado sendo agredida e mandada tomar no cú em rede mundial, sendo exposta pelo seu gênero, todo o santo dia (ainda hoje!) com alguma menção negativa ao ex lider de estado no jornal, mesmo o cara estando preso, com 73 anos, provavelmente definhando até a morte em uma acusação engrossada e sustentada pela grande mídia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dane-se que a Globo apoiou a ditadura. A gente sabe isso antes de vocês. E vocês são tão idiotas que deviam se aliar a quem apoiou as atrocidades que os seus milicos fizeram por mais de 20 anos no Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Globo apoiou o golpe militar, forjou o golpe parlamentar, pensa que tenta se redimir agora, com alguns programas de humor e de contestação, mas é podre e aliada ao poder econômico hegemônico. A Globo é o poder hegemônico midiático. Por isso que a gente até ri agora que o foco não é mais (tanto) a esquerda.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Só não esqueçam que se não fosse a Globo, o "mito" de vocês não teria sido criado, não teria gente manipulada nas ruas pedindo impeachment, não teria golpe parlamentar. Talvez por isso o BOLSONARO odeie a Globo. Nem ele queria chegar onde chegou. Penso que preferia estar recebendo seus trintinha, cochilando na Câmara, fazendo seus desviozinhos amadores de verba de gabinete...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu sento e como pipoca enquanto os bolsominions se degladiam com a Globo.</div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-3057942859611269692018-12-27T18:01:00.000-02:002018-12-27T18:06:09.587-02:00Feminismo, machismo, lugar de fala e procrastinaçãoEu queria ser youtuber, mas já sou professora e meus problemas de dicção já dificultam muito a minha vida profissional, por isso, acabo, durante o café, no chuveiro, antes de dormir, antes de sentar pra trabalhar - procrastinação - ficar martelando as ideias que não disse durante o dia por falta de articulação (e por interrupções por terceiros na linha de pensamento mesmo).<br />
<br />
E então, depois daquela divulgação global da youtuber Kéfera sobre o feminismo (que, em resumo, na minha perspectiva, poderia ter abordado com mais didática o tema, mas por outro lado entendo porque também já estou de saco cheio de TENTAR explicar - quando tenho a rara oportunidade de ser ouvida - 200 vezes as mesmas coisas), e depois de algumas TENTATIVAS de conversa com pessoas esclarecidas, que sei que não são escrotas, mas que - compreensivamente - estão imersas na nossa bela estrutura machista e ainda não conseguiram abrir a mente pra algumas coisas, resolvi escrever pro blog.<br />
<br />
E também porque ia completar um ano sem nada, e o que está escrito nesse blog faz parte de mim, erros e acertos.<br />
E porque, como adiantei ali em cima, estou procrastinando o trabalho.<br />
<br />
Feminismo não é o oposto de machismo, e isso a gente já tá cansada de explicar. Mas, outra coisa... FEMISMO não existe, o que existe é o MACHISMO. Femismo é uma vertente do feminismo que realmente prega a inversão da opressão masculina pela feminima.<br />
<br />
Agora, ele, em si, impregnado na sociedade, existe? Você, homem, sofre com o femismo? NÃO!<br />
<br />
E você sofre sim, com os papeis estabelecidos na sociedade e o perfil de como deve ser um homem, a partir da PERSPECTIVA MACHISTA.<br />
<br />
Um homem não pode ser professor e lecionar para os Anos Iniciais, que será mal visto POR CAUSA DO MACHISMO, porque homem não pode ser compreensivo e sensível, ele só pode ser um tarado sexual que enxerga menininhas de 10 anos como "comível", e isso está impregnado nas nossas cabeças (de homens e mulheres). Está impregnado porque existe, e existe, em muita medida, porque está impregnado que o papel do homem é só ser macho forte comedor e provedor, desde criança. Isso é machismo.<br />
<br />
As pessoas debocham de um homem hétero que usa uma calça colada, porque a estrutura MACHISTA nos diz que tudo que "feminiliza" é inferior, é digno de deboche, e isso é papel da mulher.<br />
<br />
E quando uma mulher quer ter a palavra, ou domina algum tema mais que um homem, ela não quer "impor sua opinião", ela quer relatar um fato que ELA VIVEU, NA PERSPECTIVA DELA, e que você não viveu, e por isso, não enxerga o problema da mesma forma, porque não vive o problema. Aliás, vive o machismo, como nos casos que citei, mas não passa por 5% dos danos dele, do que uma mulher. Isso é lugar de fala.<br />
<br />
Eu posso, da minha posição, dizer que gays são sempre simpáticos e amigos, mas eu não posso negar que membros da comunidade gay tem mais propriedade pra argumentar sobre essa opinião.<br />
<br />
E aí, quando uma mulher se sente abusada com um assobio na rua, nenhum homem está na mesma posição, socio-histórica, inclusive, pra dizer que "não é nada demais" (isso é o tal do "mansplain", ou "macho palestrinha"). Porque ele não sabe o que é se sentir vulnerável diante de 50% da população, não sabe que antes desse assobio, aquela mulher provavelmente já passou por uma série de olhares intimidantes, palavras agressivas, omissão de fala no trabalho, passou horas escolhendo uma roupa que equilibrasse ela se sentir bem e bonita com o risco que corre na rua de ser abusada ou difamada, etc. Isso é lugar de fala.<br />
<br />
E, pra encerrar, ultimamente, nas redes sociais, vejo e compreendo o colapso da esquerda no Brasil e no mundo. Nós falamos para os outros, e não com os outros. Nós falamos com um tom de soberba que não compreende o outro, só nos afasta.<br />
<br />
Nós temos que aprender a ter humildade, e saber ouvir e assimilar DE VERDADE a experiência do outro. Só assim seremos mais.<br />
<br />Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-17234147387562322972017-07-30T22:54:00.002-03:002019-08-05T09:27:13.918-03:00Aulinha de Geo para o 5º ano<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPduZOopf0-VYN3zAnDlrb8Kcr6CSek_9jXTK3yROKC4Z6w31D8GRtsmsy_PKVceigk_DuQUd1W7ezWGB6RuG33gCncN2U559RG7h0dKA0PXIZ5yXCwkSVmgTw9idHKilSZr2VUQ/s1600/20479582_1557196647670050_221607176155245497_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="540" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPduZOopf0-VYN3zAnDlrb8Kcr6CSek_9jXTK3yROKC4Z6w31D8GRtsmsy_PKVceigk_DuQUd1W7ezWGB6RuG33gCncN2U559RG7h0dKA0PXIZ5yXCwkSVmgTw9idHKilSZr2VUQ/s320/20479582_1557196647670050_221607176155245497_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Comparar ou igualar o país Estados Unidos da América e o continente América nunca será justificável, sob nenhum ponto de vista.</div>
<div style="text-align: justify;">
Geograficamente, "europeu", "asiático", "africano", são sempre definições de populações dos continentes em questão. Dessa forma, "americano", ou "norte-americano", são expressões que devem ser usadas com a mesma perspectiva. </div>
<div style="text-align: justify;">
Na verdade, na origem do nome do país em questão já existe um equívoco generalizante, já que os estados que se uniram dizem respeito às treze colônias inglesas que se rebelaram contra a capital, no século XVIII. Dessa forma, esse episódio não se refere a nem uma quarta parte do território do que equivale o continente Americano. Ou seja, a própria nomenclatura é equivocada.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em outro momento histórico, o termo "americano" passa a ser usado com o intuito de uma pretensa união do continente, mas a partir de um interesse puramente estadunindense de demonstrar sua força diante do continente Europeu, e de que eram capazes de caminhar com as próprias pernas e de controlar sua economia e política. No início do século XIX, o presidente James Monroe apresenta um tratado de independência de todo o continente Americano diante do continente Europeu, fazendo de sua voz a voz de dezenas de nações independentes ou em processo de independência, ou seja, falando pelos demais países, e liberando o espaço para o expansionismo estadunindense em um território vulnerável, reivindicando terras "por direito", se usando do discurso "América para os Americanos".</div>
<div style="text-align: justify;">
O que sabemos é que esse isolamento do continente Americano promovido pelo pretenso "protecionismo" estadunindense promoveu uma ampla intervenção dos Estados Unidos, país mais desenvolvido economicamente até então na América, nas demais nações propensas à independência, agora livres da intervenção europeia, mas, na verdade, sem mais ninguém a recorrer senão aos Estados Unidos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Também não adianta achar que a desgraça latino-americana se deu por conta da incompetência dos países pertencentes a esse sub-continente. Estados Unidos e Canadá tiveram um processo de colonização diferente, devido às características físicas da parte mais setentrional do continente, e pela própria situação dos países metrópoles, Inglaterra e França, que estavam superpovoados, e a necessidade era de realocar a população em áreas prósperas. Já Espanha e Portugal, historicamente endividados, estavam sempre em busca de mais recursos financeiros para suprir as necessidades de suas Coroas. Em um resumo mais infantil do que as séries iniciais do Ensino Fundamental, assim surge a enorme distinção econômica e social entre os países de origem anglo-saxã e os de origem latina na América.</div>
<div style="text-align: justify;">
Com uns 200 anos ou mais de exploração intensa econômica, social, cultural e política, a fragilidade dos países latino-americanos dificilmente deixava alternativas para o desenvolvimento autônomo destas nações. Ou se apelava para a revolução, encabeçada, muitas vezes por jovens de origem nobre e europeia, ou se sucumbia ao poder político e econômico dos EUA. "América para os americanos"?Entendi.</div>
<div style="text-align: justify;">
O Paraguai foi um dos países latino-americanos que mais foram longe na tentativa de crescer independente, e foi massacrado por isolacionismo, e por uma guerra. Cuba prosperou em alguns aspectos, mas o embargo econômico também sacrificou muito o crescimento cubano no cenário mundial. Vemos embargos mais recentemente na Venezuela, quando um governo tenta impor os interesses nacionais sobre os interesses "americanos" (os "americanos" que a Doutrina Monroe elenca como merecedores, enquanto outros americanos são os "recursos"), as limitações econômicas no cenário mundial, hegemonicamente sob o domínio do capital estadunindense, fazem a sociedade sucumbir sobre limitações de importações e exportações.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ah, sobre o Capitão América... simplesmente mais uma forma equivocada de generalizar os interesses de países diversos sob a bandeira da exploração estadunindense. E usar o nome de um continente multi-cultural em prol da homogeinização de um interesse político e cultural. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo o que eu disse aqui, é meramente conhecimento geral sobre História e Geografia, nada de muito complexo, é apenas a cargo de informação. Só um pouquinho de informação CONTEXTUALIZADA nos permite analisar que é um grande equívoco, e vergonhoso, generalizar qualquer aspecto de origem estadunindense como "americano".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É um pouco diferente quando distinguimos o continente Americano sob a perspectiva cultural e de origem linguistica, pois dividir este em America Anglo-saxônica e América Latina, remete a aspectos em comum entre os países de cada sub-continente, que na maioria das vezes os distinguem dos países do outro: língua, colonização, aspectos culturais e geográficos, etc. Trata-se mais de uma comunhão do que de uma divisão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim... Estados Unidos da América é um país, comumente chamado de "Estados Unidos", cujos cidadãos nacionais são estadunindenses. América é uma porção continental de terra, sub-dividida de acordo com aspectos geográficos em América do Norte, América Central e América do Sul, ou de acordo com caracteristicas socio-históricas entre América Anglo-saxônica e América Latina. Todos os cidadãos desse continente devem ser entendidos como Americanos, como todos os cidadãos do continente Europeu são conhecidos por "Europeus", e etc. Isolar ou generalizar esta expressão é um equívoco situado social, política e historicamente. É um equívoco intencional. Não reproduza ele somente a partir do senso comum. Estamos acostumados ao país hegemônico política e economicamente nos dizer quem são e quem somos. Cabe a nós assumir isso como verdade ou buscarmos nossa identidade.</div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-3113516169701300022017-01-02T18:09:00.000-02:002017-01-02T18:19:23.249-02:00Luto por 2016<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Talvez, se eu escrever, alguma coisa passe.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Eu estou faz dias para escrever no blog esquecido. Ia falar sobre 2016. Foi horrivel, mas teve algumas coisas boas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Mas o que aconteceu na virada do dia 31/12 para 01/01/2017 resume como foi 2016.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Ódio.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Um homem matou grande parte da familia da ex-mulher e seu próprio filho. Poderia ser apenas uma tragédia familiar, podíamos "justificar" o acontecido por um transtorno psiquico do assassino. Mas o que acontece é pior. O homem apresentou sua motivação em cartas anteriores, que, individualmente, seria rancor por ter perdido a guarda do filho para a ex-mulher. Em si, já é irracional, mas enfim, sei lá, poderia ser reflexo de uma fragilidade psicológica, que deveria ter sido diagnosticada e tratada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Mas o problema é que ele justifica suas ações baseado em um ódio generalista sobre as mulheres (mesmo que em algumas palavras ele tente se defender da alcunha de machista). A ex-mulher era uma vadia, todas as que tinham o mesmo sangue que ela eram vadias, a ex-presidente é vadia, todas as mulheres que buscam amparo judicial são vadias. A senhora que apanhou boa parte da vida do marido e deu o nome à lei de proteção às mulheres também é uma vadia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Ele coloca a culpa de seu descontrole emocional na Justiça, nas mulheres, na esquerda. E é nisso que nossa sociedade, nosso 2016 e, infelizmente, nosso futuro está calcado: em colocar a culpa no outro, em passar a responsabilidade de suas ações ou falta delas a qualquer outra pessoa, entidade, ou até ideologia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Já antes, nesse 2016, um pai havia assassinado um filho por não ter as mesmas concepções políticas que este. E a culpa era da esquerda, das escolas, dos professores. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Assassinato nunca é justificável. Até mesmo quando matamos um algoz cruel e desumano, estamos agindo de forma impulsiva, estamos "fora de si", estamos agindo levianamente. E não falo aqui de merecimento, quem merece ou não morrer, ou ser estuprado, ou ser assaltado. Só que qualquer um de nós que atente contra a vida, está sofrendo um sério disturbio, que pode ser emocional, psiquiátrico, social, etc. Estamos fora da nossa consciência de sociedade humana, e isso deve ser considerado assim. EU DECIDI SER ASSIM. Posso ter sofrido as maiores injustiças do mundo, posso morrer injustiçado, mas se eu resolver matar por essa injustiça, A ESCOLHA FOI MINHA, ninguém me obrigou a isso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Outro lado disso tudo é a intolerância ao outro, também muito presente, e cada vez mais, nesse nosso 2016. Quem pensa diferente de mim é inimigo e deve ser eliminado ou, ao menos, não faz diferença se for eliminado. Se eu sou brasileira e a desgraça aconteceu em Uganda, danem-se: não foi com os meus cupinxas, ou eu não ganharei nenhum status em me solidarizar com isso. Mas isso sempre foi muito comum, como choramos em 2001 com os atentados nos EUA e as mortes no Oriente Médio são só uma notinha no jornal. Mas, em 2016 isso está cada vez mais escancarado, e as pessoas não tem mais a mínima vergonha em assumir que não possuem empatia ou alteridade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Quem sabe isso seja bom, porque torna mais escancarado quem é quem. Mas decepciona bastante. Assusta bastante. Porque antes se escondia que se bate em mulher pelo simples fato de ser mulher, se achaca pobre pelo simples fato de ser pobre, se discrimina negro pelo simples fato de ser negro, e agora, as pessoas fazem isso em público e parte da platéia aplaude.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Parte da platéia aplaude.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Aplaude o assassino de doze pessoas, injustiçado pela Justiça e pelo feminismo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Aplaude o pai desequilibrado que mata o filho, porque não sabe viver com as diferenças. Opa, não, a culpa é da doutrinação marxista.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Aplaudem o ódio, e jogam a responsabilidade pra vítima. Mulheres sabem bem o que é isso, mas não quero escrever um texto feminista porque né, posso ser agredida por isso e a culpa ainda vai ser minha.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A estratégia de desvelar as mazelas sociais está virando contra si: ao invés de recriminarmos a violência, o ódio, estamos justificando. Justificando e dizendo quem pode ser violento e quem não pode. Estamos julgando violência com violência. Ao invés das pessoas sentirem vergonha por espancar mulher, mendigo, transsexual, elas se sentem livres pra apoiar em cima de uma suposta índole boa do agressor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Então, 2016, no público e no privado, se resumiu a isso:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Ódio;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Falta de responsabilidade;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Falta de respeito;</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Intolerância.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Não foi legal, não. Eu posso ter tido conquistas, eu posso ter vencido minhas próprias batalhas, posso ter perdido algumas, mas a sociedade em que vivo está doente, e não posso me omitir diante disso. Sei que não posso perder o sono por isso, sei que devo amar, sei que devo esquecer, viver, buscar minhas responsabilidades, mas faço parte desse mundo e preciso viver o luto disso tudo que estamos passando enquanto coletivo.</span></div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-26431872622903246572015-12-30T22:46:00.004-02:002015-12-30T22:46:59.992-02:00Ai, minha coluna!<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esses dias eu estava assistindo o filme "Marley&Eu", e prestei atenção no dilema profissional do John, tutor do Marley. Ele era jornalista de formação que se viu por necessidade escrevendo colunas, e se descobriu.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu sempre remeto a palavra "coluna" a aquela estrutura enorme que nos sustenta. Mas pelo que tenho percebido, a diferença entre uma coluna - modalidade de texto - e um artigo, é o caráter menos formal do primeiro. Já intitulei meu blog em outro momento de "Crônicas de uma mente moldada e partida", numa época em que escrevia textos mais pessoais e filosóficos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ultimamente, as coisas que me instigam a escrever são temas específicos, raros os que consigo parar na frente do computador e escrever algo, que eu considere emitir a minha opinião e informar ao mesmo tempo. E isso, creio, é o que caracteriza uma coluna.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E o trocadilho com a estrutura que nos mantém de pé, e todo mundo já sentiu algum desconforto, seja vindo dela, seja refletindo nela.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Taí.</span></div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-77361628947341581182015-12-29T22:34:00.002-02:002015-12-29T22:34:50.820-02:00Economia doméstica??<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu não entendo muito de Economia, mas aprendi que é importante evitar generalizações e simplificações exageradas. As coisas do mundo e o mundo são muito complexos pra analisar tudo sobre o método indutivo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para justificar a governabilidade do atual governador do Rio Grande do Sul, vejo economistas na mídia relacionarem a gestão das finanças de um estado da federação como gerimos as finanças da nossa casa: ora, se não temos dinheiro entrando, não podemos gastar. Mesmo que aceitássemos essa comparação simplória, poderíamos fazer uma analogia que demonstra a falta de humanidade e consciência social do nosso governo gaúcho. Vejamos:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu vivo controlando as minhas contas. Procuro gastar o que tenho, dificilmente consigo juntar poupança. E aí, minha mãe descobre um câncer. O que eu vou fazer? Não tenho dinheiro, ele está contadinho todos os meses. Vou deixar minha mãe definhando até a morte? Não, eu vou buscar recurso de onde eu puder e não puder para tentar manter a saúde dela, a vida dela. Vou me endividar em agências de crédito, vou deixar de comprar a roupa top do fim de semana, mas vou fazer de tudo para conseguir recursos para manter a saúde da minha mãe. Vou pagar médicos capacitados pra isso, meu dinheiro também precisa cobrir a capacitação desses profissionais que vão tentar salvar a vida da minha mãe.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E o que o governador faz com a saúde pública? Ao invés de mexer a bunda da cadeira e buscar recursos, não, simplesmente não repassa estes e coloca a culpa no funcionário que precisa ser pago. E ele precisa ser pago por que se aperfeiçoou bons anos da vida para prestar serviço aos cidadãos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A preocupação capitalista é sempre com o dinheiro, nunca com o cidadão. Eu vou ficar devendo pra banco? DANE-SE, as pessoas estão morrendo em salas de espera de hospitais, a prioridade deve ser as pessoas, os cidadãos que elegem seus governantes para gerir a manutenção dos serviços públicos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas... vou sair dessa comparação simplista que, ainda assim, desbanca o argumento dos economistas/jornalistas pra justificar a forma de governar do governador Sartori.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não creio que gerir a economia de um estado ou país seja como gerir as contas da casa. Eu tenho um salário, eu procuro gastar o que tenho para pagar minhas contas [nossa, como é difícil fugir das generalizações que nos afogam, eu já ia escrever mais uma comparação simplista; entrementes, é cansativo, doloroso, pensar além, mas é o que devemos fazer para sermos conscientes e nos desenvolvermos como indivíduos e cidadãos]. As relações de poder que permeiam a manutenção da economia de um estado, vão muito além do meu problema com a fornecedora de energia elétrica que cortou minha luz. O poder econômico o qual nossa sociedade está colocada se utiliza das armadilhas mais imorais, porém legais, para controlar o que podemos ou não fazer ou ter acesso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Manter os repasses e pagamentos em dia quando a receita é pequena não é fácil, de fato. E ficamos amarrados a acordos e favorecimentos a entidades que muito têm, e pouco dão retorno à sociedade. A política do governo do Rio Grande do Sul atualmente, está presa no conceito de que a salvação pra tudo são os empresários, as empresas que abrem e os empregos que geram. Mas, além de emprego, muitas vezes mal remunerado, o que mais esses empresários oferecem à sociedade? São tão carentes assim, que precisam de abonos e benefícios fiscais, deixando de gerar arrecadações bilionárias ao estado?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Admito que é doloroso, de fato, ir na contramão desse jogo de poder do "eu posso investir, mas só invisto com um retorno do qual eu nem preciso tanto, mas vai me gerar mais lucro". É doloroso porque se dizemos "não" para alguém que pode te ferrar, certamente esse alguém vai te ferrar. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas o ajuste precisa ser feito. É não é aquele ajuste da economia doméstica, simples, de deixar de investir em algum bem-estar para suprir necessidades básicas. É um ajuste de dar a cara à tapa, de nos posicionarmos, ou de o governo se posicionar, sobre de que lado nos estamos, se é do lado desse jogo econômico, ou se é do lado das pessoas, que precisam de saúde, educação, segurança e comida. A quem eu devo dar prioridade, e aguentar as consequências. Sabemos que gerir qualquer instituição pública não é fácil, mas se está no caminho certo quando as prioridades são humanas e sociais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não espero que essa postura surja no governo claramente neoliberal do PMDB gaúcho, mas, por favor, jornalistas e economistas, <b>não insultem nossa inteligência comparando minhas comprinhas mensais com a complexidade do poder político e econômico que define as finanças de um estado</b>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/8VkqHA-8IEs/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/8VkqHA-8IEs?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-88872562165533311902015-07-30T20:42:00.001-03:002015-07-30T20:42:15.964-03:00<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando você diz que é ansioso, porque foi diagnosticado por três profissionais de saúde mental diferentes como tendo Transtorno de Ansiedade Generalizado... como você aborda um amigo seu que diz ser "ansioso" para dizer que o que ele sente é bem diferente do que o que você sente, sem parecer ser um chato que acha que todas as mazelas do mundo acontecem unicamente com você?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9SASyZqNjM8e7cyBuTmA_6rt9G9KpPg6v5CEQcspOnOXaBeDnovN6hd6uPO5EG7OgtUJ7gmx-Xfvsuzeq6Hs4RLxz_LPnR0424XzR81BDJOYTDfO4j3QplGUR7MJVl9BZYKNPNA/s1600/Gru.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="299" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9SASyZqNjM8e7cyBuTmA_6rt9G9KpPg6v5CEQcspOnOXaBeDnovN6hd6uPO5EG7OgtUJ7gmx-Xfvsuzeq6Hs4RLxz_LPnR0424XzR81BDJOYTDfO4j3QplGUR7MJVl9BZYKNPNA/s320/Gru.jpg" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>
</div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-5258009748492628092015-05-18T19:31:00.004-03:002015-05-18T19:42:01.058-03:00Política no Ensino<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Nem me digno a ler alguns "jornalistas", especialmente da Veja, porque quero evitar ao máximo bufos na frente do computador e sentimento de ódio, que hoje é tão latente no Brasil. Por isso, na maioria das vezes, passo serena pelas manchetes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas, como uma coluna estava se referindo à minha categoria, de professores, decidi ler, até porque procuro sempre ser o mais imparcial possível nas minhas discussões em sala de aula e, por isso, considero minha prática o mais neutra possível.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Rodrigo Constantino levanta uma afirmativa generalista para anunciar que professores gaúchos divulgaram nota de repúdio à iniciativa de uma atividade de palestra de uma ONG intitulada "Escola Sem Partido" (fundada, vejam só, por um deputado, DE UM PARTIDO!), que, pelo que entendi, falaria sobre a tal "doutrinação marxista" tão assustadora nas escolas atualmente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/socialismo/professores-gauchos-assumem-que-querem-doutrinar-ideologicamente-mesmo/" target="_blank">Professores gaúchos assumem que querem doutrinar politicamente...</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Então, destrinchei alguns pontos da coluna. Antes de começar, como já sinalizei, não faço propaganda partidária em sala de aula, até porque não me identifico plenamente com nenhum partido, e acredito ser equivocado querer incutir determinada OPINIÃO PESSOAL e forma de pensar a sociedade em um espaço que deve ser prioridade o desenvolvimento autônomo e livre do pensamento e dos cidadãos. Ainda assim, indo contra o autoritarismo de ambas as partes, não podemos privar os estudantes de estudar e discutir a realidade sobre diversos espectros, e quando eles se deparam com essa realidade, é inevitável conduzir a reflexão a temas mais profundos e desenvolver a política, que, em sua raiz, é a discussão do que é público.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Política nada tem a ver com partido. "Politizar" não é sinônimo de "partidarizar".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Autonomia, cidadania, não são (ou não deveriam ser) "agenda partidária", são conceitos e concepções de sociedade que oferencem o direito das pessoas a pensar e a desenvolver suas próprias concepções.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O pensamento de Paulo Freire, demonizado nessa nossa onda de intolerância que o país vêm enfrentando, afirma a possibilidade nula da existência de neutralidade no Ensino, além de trabalhar com o desenvolvimento da autonomia e valorização das experiências dos estudantes, como produtores do conhecimento. Novamente, neutralidade PARTIDÁRIA é essencial para conseguirmos estabelecer diálogo e ampliar o espectro de informações as quais os estudantes são colocados a refletir sobre.Nesse sentido, não concordo com ordens de repúdio a espaços de expressão de opiniões diferentes, se esse fosse o caso. Neutralidade política é uma discussão sem sentido, porque trabalhar em sala de aula contextos sociais de discriminação, desigualdades, sitema econômico, é inevitável e meio impossível de contradizer o real: "A pesar de vermos favelas e condomínios de luxo, a desigualdade não existe, turma!".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ditadura cubana? Não precisamos utilizar termos depreciativos ou endeusadores. É só trabalharmos Índice de Desenvolvimento Humano, taxas demográficas e suas interpretações para que OS PRÓPRIOS ESTUDANTES, tirem suas conclusões.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E não se preocupe, querido Rodrigo. Já fiz uma experiência em que citei nomes de países em uma tabela, e os dados foram totalmente ignorados na resposta, por declarações preconceituosas e de senso comum. Tirando os nomes, as respostas foram outras. Então, a doutrinação e o espaço de socialização midiático, infelizmente, ainda é muito mais eficiente na constituição dos sujeitos do que o estímulo ao pensamento e desenvolvimento do conhecimento proposto em algumas escolas, por alguns professores. Meu caso.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Em tempo... "ideologia", para o "tenebroso" Marx, é uma mentira. Então, trabalhar ideologia e desmascarar ideologias na sala de aula, não deveria ser tão mal visto assim. Só se você ainda quer que a ideologia impere.</span></div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-45855935832971851962015-04-07T21:22:00.002-03:002015-04-07T21:30:06.827-03:00O aniversário<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Quando </b>fiz 26 anos, no dia 20 de fevereiro, entrei na "crise de antes da meia-idade". Eu sei que parte dos meus pensamentos pessimistas podem ser justificados pelo momento que passo na vida, de ter tido minha casa desapropriada sem a devida indenização, estar morando em uma casa minúscula, cheia de problemas, desconfortável e com aluguel caro, driblando as dores de cabeça que a construção de uma casa envolve, ainda mais quando não se tem dinheiro para solucionar alguns problemas, enfim. Tenho motivos de sobra para me deprimir e estar infeliz com a minha situação atual.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Mas </b>o que me incomodou nesse aniversário foi perceber que não cumpri meta nenhuma na minha vida. Nem tive tempo de traçar objetivos, quanto mais alcançá-los.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Com </b>16 anos, tive de me contentar com um curso de graduação que não era meu sonho, era, sei lá, minha terceira opção, sendo que as duas primeiras nem eram opções, pela falta de recursos. Depois, lutei na metade do curso pra encontrar sentido para o que estava fazendo, para a profissão a qual estava me aperfeiçoando, e acabei encontrando na vontade de mudar o mundo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Então</b>, 10 meses depois de me formar, passei em um concurso público para lecionar no magistério estadual. Qualquer coisa era melhor do que aguentar chefe imbecil e salário de fome no comércio, apesar de eu até gostar da minha função na empresa que estava trabalhando. Mas foi muito conveniente ser nomeada em novembro de 2012, porque no mês anterior já tinha deixado de tolerar as ignorâncias e caprichos do chefe e havia sido demitida (por quê? Honestidade.).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Aí</b>, fui professorar. E não tive espaço para pensar em outras possibilidades, porque tive a casa desapropriada e encarar com a minha família a responsabilidade de buscar recursos para um novo lar. E o que é melhor do que ter um emprego estável? Nessa situação, o andar da minha vida foi perfeito, não posso reclamar disso. Poderia ter sido pior. Parece que o destino traçou minha vida de forma precisa para comportar as necessidades que minha família enfrentaria nos ultimos anos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Minha </b>vida, até aqui, foi guiada pelas circunstâncias. Mais de 1/4 do meu tempo na Terra me deixei levar pela vida e as necessidades que ela exigia. Nunca planejei ser alguma coisa, nunca tive tempo para pensar o que queria fazer da vida. Estudei, me formei, fiz concurso, e imergi no mundo da docência.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Minha </b>"crise do 1/4 de idade" é marcada pela falta de planos e falta de perspectivas. A docência é massante: como em qualquer trabalho, temos momentos ruins e momentos bons, convivemos com pessoas boas e pessoas maldosas. Entretanto, exijo qualidade de mim mesma. E aí que entra a parte difícil. Um bom professor precisa se envolver, ler, ler, ler, poder oferecer a mais completa orientação a seus estudantes, pensar em diferentes formas de abordagem do conhecimento, e isso, mais uma vez, exige leitura e estudo. Não que eu não goste de ler, mas essa necessidade do mundo acadêmico de saber "quem disse" e de que alguém precisa ter dito antes de você pra valer à pena a sua opinião, me fez perder a graça de ler. Ler e ter de decorar que disse, decorar as falas, porque se você não tem referências, não vale à pena ser ouvido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>E </b>odeio fazer tudo que sou obrigada. Posso até gostar, mas se sou obrigada, em seguida, desgosto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>E </b>as circunstâncias da vida me obrigaram a estar aqui e viver dessa forma. E, nesse caso, o que odeio?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Depois </b>que me resignei, na formação, pela vontade de mudar o mundo, hoje percebo que só o que quero mudar é a minha vida, quem eu sou, e ser melhor para as pessoas à minha volta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Falta </b>de objetivos, de planos, de buscas, de riscos. Esses foram meus 26 anos.</span></div>
<br />Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-1625046701248153712014-11-27T11:10:00.002-02:002014-11-27T11:21:10.288-02:00Professora de 2014<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Antes de mais nada, como a sinceridade é minha característica mais marcante e que procuro valorizar, devo admitir que quase não trabalhei esse ano. Isso porque, como entrei no mestrado no inicio do ano, a minha carga horária que é de 20h (divididas entre manhã e noite) foi condensada em dois dias na semana devido as aulas em Pelotas. Sendo assim, no primeiro semestre lecionei às quintas e sextas-feiras e no segundo, às terças e quartas-feiras. E o que mais teve nesses dias da semana?? Feriados. Assim, eu tirava micro-féiras de 12 dias a cada feriadão que rolava.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Mesmo assim, sinto que, principalmente no final do ano, cresci como professora. Não que eu tenha me tornado maravilhosa, longe, muito longe disso, mas senti, no meu íntimo, que começou a florescer algumas características de professor que eram pouco desenvolvidas em minha pessoa. Tudo pode ser consequência da euforia de fim de ano, não pode se descartar essa possibilidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Como muito autocrítica que sou, tenho de falar que estive muito desleixada esse ano, quase caindo naquele conto do "caderno amarelado": como não era mais "minha primeira vez", já tinha cartas na manga do ano passado para usar em sala de aula, mas admito que esses recursos provisórios acabaram se tornando a regra: repeti muito do que fiz o ano passado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Mas tudo isso acontece em prol da excelência. Eu não queria errar, não queria me estressar, não queria ter de lidar com um método ou atividade mal sucedidos. Quando preparamos coisas novas, o erro, em algum grau, sempre acontece, e a gente tem que ficar refletindo, modificando, avaliando a si mesmos, avaliando seu próprio trabalho. E eu tenho medo disso. Tenho medo de errar, de me frustrar, de perceber que não fui bem naquilo que planejei. Além da pouca criatividade que me acompanha desde alguma fase da minha vida em que passei a bloquear, sabe-se lá por qual trauma, a criação, a inventividade. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Criei afinidade com alguns alunos (e eu sei que o termo "aluno" remete a um individuo "sem luz", mas nunca dei muita bola para o significado que os outros dão às coisas, mas sim a forma com que eu as encaro), solicitei avidamente, mesmo que eles não percebessem, sugestões de atividades, materiais a serem utilizados em sala de aula, tudo apostando na minha incompetência.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O terceiro ano do médio foi um desafio para mim, porque não trabalhei o conteúdo no ano anterior e tudo tinha de ser novo, e no primeiro ano, inverti o conteúdo e também tive que trabalhar coisas novas com eles. Muita coisa foi massiva, exaustiva, mas também não penso que a educação de qualidade deva ser de todo e exclusivamente lúdica. O lúdico quem cria é a nossa vontade de fazer. Mas outros exercicios foram legais, mas obviamente, tudo tinha um porém, e esse porém era algum detalhe desconsiderado na elaboração que era evidenciado na aplicação. Mas qual o problema disso? Para uma pessoa depressiva, o problema era gigantesco.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Para uma pessoa que precisou de mais de dois anos de terapia para conseguir enxergar algum vislumbre de lado bom nas coisas, inclusive em si mesma, o erro e a frustração pesam como um caminhão cegonha carregado de Pajeros em cima de ti. Para mim, qualquer mínimo ou grande detalhe que não desse certo, era motivo para acordar no dia seguinte sem querer viver. Mas, quando a gente olha de longe, percebe que nada, ou quase nada, dá certo de primeira. Principalmente quanto o "dar certo" depende de variáveis como o tempo, a disponibilidade de material e, mais do que qualquer outra coisa, de 30 a 40 adolescentes com múltiplos recursos e uma vida maravilhosa e aparentemente sem limites pra explorar. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Enfim, vou encurtar a reflexão porque até eu já estou me perdendo no raciocínio (o que explica a dificuldade de escrever textos acadêmicos) e morrendo de fome porque ainda não tomei café:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Nesse segundo ano de docência, tive, também problemas pessoais sérios, que dificultaram muito o meu interesse por uma vida que realmente valesse à pena, e operei no modo automático na maior parte dos dias do ano. Por outro lado, tive de experimentar conteúdos novos e conhecer novos alunos, tive estresses e alguns adolescentes típicos que me fizeram pensar "eu não nasci pra ouvir desaforos", outros adolescentes típicos que me fizeram pensar "que criatura chata, igualzinho a mim", alguns que me fizeram não querer levantar no dia seguinte, outros que eram a única razão pra eu levantar no dia seguinte.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Estou aprendendo aos poucos que a afinidade e o carinho pelos alunos não é inversamente proporcional à responsabilidade, tanto minha quanto deles, de estabelecer o ambiente de aprendizagem guiados pelo respeito mútuo e da prática escolar girar em torno da fundamental importância da educação e do conhecimento;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Dentre as coisas que menos me deixam expectativas para 2015 está o estado doente da nossa sociedade, onde os jovens são expostos à vida adulta sem responsabilidades, e acabam sendo moldados pela irresponsabilidade do nosso tempo;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Dentre as coisas que me levam para 2015 com esperanças de um ano melhor, de formação dia a dia como professora e indivíduo, é enxergar o progresso de alguns alunos de 2013 para 2014, dos quais no ano anterior eu torcia para que não aparecessem na aula, e que neste ano, a maior alegria era vê-los dialogando e participando, olhando para mim como uma pessoa que estava lá para dar suporte e liberdade para desenvolver seus conhecimentos e habilidades;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Estive sempre me policiando de forma a me portar de acordo com meus ideais e minhas concepções sobre o mundo, e acredito que isto vêm dando relativamente certo. Como já falei do estado doente da sociedade, muitas vezes tive de fugir da minha admiração pelo Anarquismo e ser autoritária na sala de aula. Gostaria muito de ler sobre o tema e de fato me tornar uma pessoa que conheça aquilo que pratica e defende, mas não vou prometer isso a ninguém, porque não nasci para ser intelectual. Até gosto de ler, mas minha atenção flutua sempre para coisas mais objetivas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Quero que no 2015, eu seja obrigada a trabalhar mais, a pensar mais sobre minha prática e a errar muito. Quero errar cada vez mais.</span></div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-12578132829888660012014-10-06T11:58:00.000-03:002014-10-06T11:58:12.435-03:00Aborto e o Brasil<div style="text-align: justify;">
Quando conversei com minha mãe e meu namorado sobre a legalização do aborto, rebati alguns argumentos deles falando que nos países onde o aborto é legalizado, houve também investimento em conscientização e prevenção e os números de abortos, ao contrário de aumentar diminuiram e que por isso, eu era a favor da legalização do aborto. Mas por palavras como as da minha mãe, que confundem o apoio à LEGALIZAÇÃO do aborto com o apoio AO ABORTO, que penso que essas medidas possam não dar certo no Brasil como deram em outros países. </div>
<div style="text-align: justify;">
Minha mãe tem aquele pensamento comum dos brasileiros de definir o que é melhor para o país, para 200 milhões de pessoas, a partir de experiências pessoais. Ela é contra o aborto porque perdeu uma filha ainda na barriga, e por ter sofrido com essa perda não consegue aceitar que alguém não queira assumir uma criança. Não condeno ela, muito longe disso, por assumir esse pensamento. Que ela vá desprezar cada pessoa que ela saiba que tenha cometido um aborto, mas ela deve respeitar a decisão de cada uma delas. Não acredito em deus e em poderes que ele possa ter sobre nossas vidas a partir da nossa adoração ou não à ele, mas não desrespeito ninguém que tenha esse pensamento, essa decisão sobre sua própria vida (desde que, como sempre, não desrespeite a minha decisão).</div>
<div style="text-align: justify;">
Assim como, quando levantei os fatos que me levam a ser favorável à legalização do aborto, ela, e outras pessoas que souberam do causo, já levantavam o dedo para fazer julgamento pessoal da posição: "Ahhhhhh, então tu farias um aborto? Então vais abortar quando engravidares??". Quando penso em legalizar o aborto, mal penso em mim, que uso os métodos contraceptivos tradicionais até com excessiva cautela, justamente porque não me sinto preparada hoje para ter, criar, educar e mudar minha vida por ter um filho, e muito menos preparada para tomar a decisão se devo ou não aceitar essas transformações na minha vida. Mesmo que o aborto fosse legalizado, manteria minhas precauções porque o simples fato de decidir se faria ou não um aborto já exige uma enorme reflexão e maturidade da mulher que cogita a possibilidade. Agora, se eu tivesse de tomar essa decisão tão importante, gostaria que eu pudesse decidir sobre meu futuro, porque sei que eu, minha personalidade e meu modo de ver a vida, seria extremamente infeliz na vida se fosse obrigada a tomar uma atitude que não desejo (seja querer ter um filho e sofrer aborto, seja não querer um filho e ser obrigada a tê-lo).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aí, depois dessa discussão, até construtiva em casa, veio as eleições. E os resultados finais e parciais me fazem ver que o Brasil, a população e sociedade brasileira não está preparada para viver com direitos. O direito, pelo brasileiro em geral, é visto como uma "regalia que me dá o poder de fazer o que eu bem entender", como se o direito dissesse respeito unica e exclusivamente a mim, como se não vivêssemos em uma sociedade brasileira e mundial, onde tudo o que fizemos e apoiamos tem repercussões na vida dos outros. "Eu não voto no fulano porque ele não deu aumento à minha categoria" ou "eu voto no fulano porque ele prometeu que vai dar remedio para mim que sou aposentado". Eu não olho para a sociedade à minha volta, para as pessoas à minha volta, eu só quero mais, só estou interessada no que vai gerar algum tipo de benefício a mim. </div>
<div style="text-align: justify;">
A sociedade brasileira está doente, e eu não sei por onde começou isso. Talvez com os reis de Portugal lá na colonização, já que eram esbanjadores e estavam nem aí para o futuro ou para o povo. Sei lá. Tentei embarcar na Sociologia, mas me perdi por motivos pessoais, mas não sei se entender o processo faria eu me sentir melhor. Talvez eu teria mais vontade ainda de sentar na minha vidinha pacata e assistir ao apocalipse, ou suicídio social.</div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/0KKUv6eb6DM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-56564831160287486452014-09-15T17:29:00.002-03:002014-09-15T17:29:30.721-03:00Observações sobre o Homossexualismo<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Meu discurso e atuação não é nem pró nem contra a causa homossexual (ou homoafetiva, o que acho um termo complicado, porque ter AFETO por uma pessoa do mesmo sexo não implica desejo sexual, mas tudo bem, é uma expressão que deve ser defendida pelos que pertencem à causa).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Tendo essa posição "em cima do muro", já pendi vezes à declarações que rechaçam, e vezes declarações que apoiam a questão homossexual em si. Em um desses momentos, refleti que, de fato, hoje vemos muito mais gays e lésbicas nas ruas do que antes. Ponto. Esse observação servia para "endossar" algumas declarações, não exatamente "homoFÓBICAS", mas que pendiam à negação aos homossexuais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Mantenho esta constatação porque é nítida. Mas, por outro lado, passei a refletir que muitos, mas muitos casos de homens e mulheres gays existiam no mundo, no Brasil, desde que o mundo moderno existe, que eram coibidas pelo pensamento da sociedade, desde à "vergonha" até ao fato de que se assumir gay é se assumir "mulherzinha" (outro trauma machista da sociedade moderna). E assim viviam a maioria dos homossexuais do mundo, afogados em uma cultura social que os faziam questionar a si mesmo suas sensações.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Percebi isso em um programa fútil de TV, em que o ator George Takei discutiu a questão, dizendo que viveu sua vida oprimindo sua verdadeira identidade sexual porque precisava e queria construir uma carreira e isso certamente dificultaria seus anseios profissionais. Parafraseando suas palavras, ele disse mais ou menos o seguinte: eu nunca imaginei que na virada do século a sociedade fosse se transformar de tal modo que eu pudesse assumir minha personalidade por completo e ainda assim ser aceito como profissional. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Aí está a chave. A sociedade mudou. Pode ser "antibiológico", pode existir o argumento de que "se todo mundo fosse gay, a raça humana acabaria", o que é verdade. Mas quem disse que todo mundo vai virar gay? Estão obrigando os heterossexuais a tornarem-se gays? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Então você me diz que "estão tornando nossas crianças gays". Bom, aí eu concordo e discordo. Acredito que a pessoa tem de se conhecer antes de tudo para conhecer o outro. O problema nesse caso é a SEXUALIZAÇÃO da infância e da adolescência. O problema não é o garotinho "afetado", o problema é a criança exposta a questões que não está preparada para lidar, e aí não é a homossexualidade, é a SEXUALIDADE. Deve existir orientação, deve existir diálogo, mas a nossa sociedade, ao mesmo tempo em que cresce, ou procura crescer, tanto em alguns aspectos, por outro lado nos deixa sem saída. Colocam a todos nós expostos a uma opção de estilo de vida, e se você não tem esse estilo, faz de qualquer coisa para ter, têm de forma similar ou limitada, ou sofre por não ter, ou, ainda, se não deseja ter, vira o esquisito do grupo, região, sociedade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando eu era criança eu usava sandalia da Xuxa. Lembro que elas eram de plástico, sem salto, e permitiam, por essa anatomia, a liberdade da criança brincar e correr como criança. Hoje, as mesmas "sandalinhas da Xuxa" têm salto alto. E o salto alto o que faz? Limita as possibilidades de atuação da criança e a insere precocemente no modo de vida adulto, não em uma brincadeira de escritório, mas sexualiza a criança, incentiva a ela a ser alguém que ela ainda não é, e nem tem condições cognitivas de ser ainda. Esse é um ínfimo exemplo do problema da sexualização da sociedade. Eu poderia falar das bundas em horário nobre, mas o que é "absurdo" mesmo é o tal do selinho gay da novela das 21h.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Outro espectro é a questão religiosa. Pense na situação ocorrida: a guria escreveu em um papel "Abra a sua mente, gay também é gente", trecho de uma música dos anos 90 que todo mundo canta ou já cantou bem empolgado com os Mamonas Assassinas, como mensagem a um pastor evangélico famoso, e famoso pelas declarações fortemente homofóbicas. Aí sim "homoFÓBICAS" porque nela é forte expressões que remetem ao extermínio e ódio, e não pura e simplesmente o "não concordo".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E aí eu vejo rolarem postagens na internet de pessoas acusando a moça de "cristofobia". P*** m****! Onde, me diz, onde na frase da guria tinha alguma expressão que remetesse ao ódio a Cristo, ou mesmo que subentendesse que a menina não acreditasse em um deus?? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A repulsa que é gerada em alguns (e sinceramente, espero que na maior parte da população) não é pela crença religiosa, é pela falta justamente de princípios éticos (e religiosos, para alguns) de respeito, compreensão e até de aceitação, e inúmeras outras posturas bíblicas que remetem ao amor ao próximo e ao entendimento do outro. O que incomoda nas declarações e postura de alguns religiosos não é simplesmente a negação do direito do outro ao seu corpo (o que já seria grave), é a negação do SER HUMANO, e as conotações ao extermínio da opinião do outro. É a necessidade de transformar o outro aos seus moldes pra conseguir enxergá-lo como igual. Ele não é igual, ninguém é igual. Podemos ser todos irmãos aos olhos de um deus, se ele exista, mas justamente na sentença direciona essa visão "aos olhos de Deus". Os seus olhos que se danem! Mesmo quem dedica a sua vida à religiosidade, deveria deixar esse dever de enxergar todos "como iguais" à sua divindade, e nós, meros humanos viventes em uma sociedade que SEMPRE FOI tão plural, cabe aceitarmos as nossas diferença de opinião e opções tomadas na vida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não pretendo encerrar texto, mas a pretensão é apenas verbalizar algumas reflexões desenvolvidas na passagem da vida.</span></div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-52571560822644095522014-08-23T12:28:00.002-03:002014-08-23T12:28:54.943-03:00Ah, os esteriótipos...<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Percebi isso já no ano passado.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">No segundo ano do Ensino Médio leciono em Geografia, basicamente conteudos sobre população. Depois de discutir exaustivamente taxas demográficas, o que indica sobre a sociedade de um país altas taxas de natalidade (basicamente, falta de estrutura e acesso à informação, além de fraca inserção da mulher no mercado de trabalho), altas taxas de mortalidade (saúde pública fraca, dependendo dos índices, conflitos, etc). Além disso, dicutimos teorias demográficas, dentre as quais a da Transição Demográfica defende que cada país do mundo passa por 4 fases de desenvolvimento, em momentos distintos, que seriam a alta natalidade e mortalidade, posterior queda na mortalidade, diminuição dos índices da natalidade, e por fim, equilíbrio das taxas populacionais.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Pois bem, em uma avaliação, coloquei a seguinte tabela, baseada em dados oficiais, e pedi para que eles escrevessem sobre as condições de cada país, com base nas taxas demográficas apresentadas:</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyqPuWjlNUSyRWW_8zEVnx7XxAQ40pz9H5M5P74p7LAejkJ86k8SN8Ss9eck8I0tdljBqEdNYlTow3K7jby3xgT2t2iRhALA7onCjmoYN6-q8GALb_onfx94evUpuFeQO6I-ymNQ/s1600/Mort+Nat+com+nomes.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyqPuWjlNUSyRWW_8zEVnx7XxAQ40pz9H5M5P74p7LAejkJ86k8SN8Ss9eck8I0tdljBqEdNYlTow3K7jby3xgT2t2iRhALA7onCjmoYN6-q8GALb_onfx94evUpuFeQO6I-ymNQ/s1600/Mort+Nat+com+nomes.png" height="127" width="200" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo nossas discussões durante o trimestre, resumidamente a resposta deveria conter os seguintes aspectos:</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">a. A mortalidade do Brasil é a menor, o que indica uma melhor expectativa de vida que é consequencia de avanços na saúde e prevenção de doenças;</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">b. A natalidade em Cuba é menor, o que indica mais acesso à informação, possível inserção da mulher no mercado de trabalho, e mortalidade relativamente baixa também indica uma saúde de qualidade;</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">c. Nos EUA, a mortalidade tambem pode ser considerada baixa, mas em índice não melhor que Brasil e Cuba, e a taxa de natalidade não é alta, mas, de acordo com a teoria da Trasição Demográfica, deveria ser menor, já que é um país considerado desenvolvido e, por isso (acesso à informação, inserção da mulher no mercado de trabalho, entre outros fatores), deveria apresentar maior queda na natalidade;</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">d. Na Somália, segundo os dados, a população tem muito pouco acesso à informação e provavelmente é uma sociedade baseada na atividade agrícola, o que pode explicar parte do problema da natalidade, já que as crianças podem contribuir com a renda da família. Além disso, a alta mortalidade indica problemas na saúde e possivelmente conflitos.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Entretanto as respostas não foram tão extensas, o que não é tanto um problema. O que mais me impressionou foi o fato de que os dados foram totalmente deixados de lado quando eles "analisavam" a primeira coluna (a dos nomes), e já se punham a desenvolver respostas que alegavam que Cuba era um país pobre e de difíceis condições de vida, o Brasil era horroroso e que os EUA era a perfeição em forma de sociedade. Minha intenção não era, não é, e nunca será, impor aos meus alunos minhas concepções de verdade, mas acho interessante incitar a reflexão sobre as verdades construídas através da voz dos outros (como quando me pediram um debate sobre a Coreia do Norte e procurei levar noticias que ressaltassem ambos os lados). Pra testar se foi eu que não trabalhei o conteúdo direito, ou se realmente o primeiro impulso das pessoas era julgar pelas aparências, na prova de recuperação coloquei a mesma tabela, sem os nomes dos países:</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnVusfsUcHjerUw3cGprkh1Si6FCsntTYgVId03zMlLqnE-sWeudzYOeh8HgVWuLB95kjT1xcmaltEymJ8ZUw2Xmpr-mtmGw4xpL8zcS5wehSxYOMZDfUYUr2uvzyRh8z1aa-sRQ/s1600/Mort+Nat+sem+nomes.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnVusfsUcHjerUw3cGprkh1Si6FCsntTYgVId03zMlLqnE-sWeudzYOeh8HgVWuLB95kjT1xcmaltEymJ8ZUw2Xmpr-mtmGw4xpL8zcS5wehSxYOMZDfUYUr2uvzyRh8z1aa-sRQ/s1600/Mort+Nat+sem+nomes.png" height="130" width="200" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesse caso, tive respostas mais coerentes quanto à análise das taxas demográficas e o que elas expressavam sobre as condições econômicas e sociais dos países.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Preciso concluir esse raciocínio??</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ontem eu estava lendo que em todos os continentes do mundo, existe a tendência da população não se interessar por músicas que não sejam de língua inglesa ou a língua nativa. Eu mesma, quando ouvi pela primeira vez uma banda espanhola (que hoje é uma das minhas "top 3"), achei bem esquisito, nem tanto pelo estilo (ska punk), mas pela forma que o espanhol soou em meus ouvidos. Ainda bem que insisti em ouvir, porque aprendi muita coisa com as músicas e sou bem menos preconceituosa com ritmos diferentes.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Outra situação que me remete ao preconceito sobre os esteriótipos: não sou muito popular no Facebook (nem em lugar algum), mas sempre que posto alguma reflexão (principalmente das mais indignadas), sempre tem umas 6, 7 pessoas que vão lá e curtem. Esses dias coloquei um desabafo mega reflexivo sobre hipocrisia, daqueles que todo mundo curte, querendo dizer "eu não sou esse tipo de pessoa", só que junto coloquei o clipe de uma música chamada "Struck a Nerve", de uma banda chamada Bad Religion. Muita gente vê essa banda com maus olhos por imaginar que seja algum tipo de "adoração ao mal", mas a mensagem é bem menos satânica: que religiões são ruins. Vá lá, não é tão ofensivo quanto "adorar o demo". Mas o que as pessoas enxergam quando vêem uma banda de rock, com o nome Bad Religion? Satanismo! E aí ninguém curtiu.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">"Deu nos nervos" - Struck a Nerve [trecho traduzido]</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;">Existe um velho homem num ônibus urbano</span><br style="line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;">segurando um doce</span><br style="line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;">E não é nem natal</span><br style="line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;">Ele vê numa nota no obituário</span><br style="line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;">que seu último amigo morreu</span><br style="line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;">Há uma criança agarrando-se à</span><br style="line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;">sua mãe acima do peso no frio</span><br style="line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;">Enquanto eles vão comprar cigarros</span><br style="line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;">E ela gasta seu último dólar</span><br style="line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;">numa garrafa de vodka pra hoje a noite</span><br style="line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;">E eu acho que isso deu nos nervos</span><br style="line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;">Como se tivesse que virar meus olhos</span><br style="line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;">Você nunca consegue sair</span><br style="line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;">da linha de mira</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="display: inline-block; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: start; vertical-align: top;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">[...]</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<br />
<br />Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-55841369319345544032014-06-10T12:10:00.000-03:002014-06-10T12:10:59.637-03:00Eu não entendo mais nada...<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Há uns anos atrás, quando divulgaram que a Copa do Mundo ia ser no Brasil, teve festa pra tudo que é lado, e os jogadores brasileiros estava super felizes e gratos por poderem vivenciar esse momento de jogar uma Copa do Mundo no seu país, que era uma honra, que tudo ia dar certo, etc, etc.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Aí, faz umas semanas, vi divulgarem no Facebook que os jogadores da Seleção Brasileira não iriam confraternizar em um jantar com a Presidenta Dilma, dando a entender que estariam descontentes com a forma de administrar o país. Mas aí, eu me pergunto: a honra e alegria de jogar uma Copa do Mundo em seu país não foi uma possibilidade conquistada pelo governo do PT, onde Lula (à época da escolha) e Dilma são um o braço direito do outro? Então, os jogadores não deveriam estar gratos pelo Governo Federal por ter feito de "tudo" para conseguir sediar o evento no Brasil??</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">I'm confused...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Há um ano atrás, o Ronaldo estava dizendo a plenos pulmões que não se fazia Copa do Mundo com escolas e hospitais. E parecia estar de acordo com a forma de administrar do Governo Federal em relação aos preparativos para o evento. Com a declaração, presume-se que "se eu quero a Copa no Brasil, eu sei que o governo vai deixar de investir em educação e saúde para fornecer a infraestrutura que a FIFA exige, e isso não importa, se eu quero a Copa no Brasil".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Agora, o mesmo ex-jogador de futebol se declara do lado da candidatura do principal oponente da reeleição do PT, o candidato Aécio Neves. Meu problema aqui não é o Aécio Neves, mas, já que ele é opositor ao governo, é um dos que, no principio logico, "engrossa" o coro de "não queremos Copa, queremos saúde e educação". Masssssss... o Ronaldo não queria Copa o ano passado??? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Estou confusa...</span></div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-14512568477431722542014-03-14T18:43:00.000-03:002014-03-14T18:43:08.425-03:00Não sou petista.<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nem de longe sou petista. Ainda não abstraí, ou sempre confundo, a diferença entre apartidário e antipartidário, mas o fato é que eu não voto em partidos, por mais que me digam que quando eu aperto o botão verde eu estou votando no partido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje vivo em uma cidade que é governada em seus três níveis pelo PT: o municipal, o estadual e o federal. Pessoalmente, ainda não vi nada de execrável na política de governo municipal que está no poder fazem quase dois anos. Claro que eu queria que muita coisa já estivesse melhor, já que por dezesseis anos as únicas coisas que víamos serem feitas na cidade era a carpintaria dos canteiros da cidade e um acúmulo de buracos pelas ruas fruto de mal planejamento (asfalta, pra depois pensar em escoamento). Queria que já estivesse em andamento a promessa da UPA na Junção, por exemplo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entretanto, ouço muitas pessoas, das quais considero sensatas, assinalando melhorias na qualidade de vida da população. Os postos de saúde não estão piores que estavam, e ainda, têm mais medicos para realizar atendimento (eu mesma precisei usar, e fiquei surpresa com a rapidez no tempo de espera), os ônibus já não estão mais tão superlotados (gente em pé é normal), até a tranqueira da rótula da Junção deu uma leve aliviada com a redução de ônibus entrando e saindo daquele espaço. A qualidade e a valorização do serviço publico também parece estar melhorando. Não defendo o PT, mas devo admitir que vejo alguns progressos sociais na cidade desde 2013. Também devo falar que as ruas não estão mais tão coloridas, mas, afinal, o que importam são as pessoas e não as plantas!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sobre o governo estadual, nas mãos do PT a mais de três anos, aí sim, não tenho nada de bom para falar. Discordo da maneira autoritária com que o governador impõe suas regras e a forma nada educada com que se direcionou aos professores (classe a qual pertenço) quando reivindicavam seus direitos. Não somente os professores, mas pouco ou quase nada foi atendido de reivindicações por melhorias em todos setores sociais. Faço críticas ao meu irmão quando falo que ele é individualista ao condenar o governo federal por não atender às reivindicações da categoria dele, mas aqui posso também estar sendo individualista, mas porque me ofendi profundamente com a postura irônica do governador perante as reivindicações dos professores estaduais. Me senti mais ofendida do que desatendida em minhas necessidades.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Desde 2006, quando entrei para a universidade federal, desenvolvi todos os meus estudos e carreira profissional durante os mandatos do PT no governo federal. Como nunca puxei saco de professor pra conquistar bolsa de pesquisa, sempre fui assistida pelo programa federal de Bolsa Permanência e recebia benefício de redução de passagem de ônibus; recebi subsidio para apresentar trabalhos em outras universidades, quando solicitei, e conclui o curso de graduação em uma universidade federal gratuíta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando precisei de emprego no mercado de trabalho, consegui sem muita dificuldade (o que significa que fui beneficiada com o aumento de postos de trabalho anunciados por anos nas propagandas eleitorais), e minha qualificação lá na universidade federal me possibilitou ser aprovada em um concurso público estadual que oferecia mais de 10.000 vagas e somente pouco mais de 5.000 foram preenchidas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Particularmente, gosto da postura do ex-presidente e da atual presidente em muitas de suas colocações, pois acredito no desenvolvimento que vivi e vivo no país, onde vejo, de fato, mais oportunidades para os que não podem "comprar" tudo, como por exemplo eu, que sem uma universidade federal, jamais teria concluído uma graduação no ensino privado. Por mais que discorde, por exemplo, do incentivo excessivo ao consumo e à priorização de politicas de governo voltadas para o crescimento econômico, os setores sociais também evoluíram desde 2002. Podemos fazer ressalva quanto ao "assistencialismo", mas o verbo assistir, de dar assistência, não significar simplesmente "dar"; o assistente de dentista não faz o trabalho do dentista, faz? Ele só oferece apoio às suas atividades autônomas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enfim, discussão política é extensa e infindável, mas hoje em dia tem sido impossível fazer isso sem surgirem ofensas pessoais ou pensamentos preconceituosos ou radicais. Não apóio o PT, não sou petista, mas tenho que admitir que a década de 2000 foi muito melhor que a década de 1990. Não digo que apoio o(s) programa(s) de governo(s) do PT, só admito que algumas medidas estão se convertendo em ganhos sociais. Por mim, todo o mundo seria como em Marinaleda, e ninguém cobiçaria o carro do outro e se martirizaria de inveja da vida de outra pessoa.</span></div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-42952377951230580792014-03-05T19:39:00.003-03:002014-03-17T12:34:28.839-03:00Proibir máscaras: Afinal, repressão ou democracia?<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Estava eu hoje, na inocência da sala de espera de um consultório médico. E o que tem num consultório médico? Revistas velhas. Revistas Veja velhas. Eis que pego uma aleatoriamente, folheando as páginas, distraída... propaganda, pequenas notas, propaganda, propaganda, umas 3 ou 4 páginas de entrevista com o maravilhoso, espetacular, criativo e irrelevante Manoel Carlos (que, aliás, do nada, em meio a uma conversa sobre Helenas, surge uma pergunta e resposta sobre o atual governo - crítica, certamente), propaganda, e uma reportagem de duas páginas sobre os conflitos na Ucrânia. Nesse ponto, voltei à capa e percebi que a edição era de 29 de janeiro deste ano (parabéns, doutor! revistas só dois meses atrasada, é um avanço - dessa vez, sem ironia; ok, um pouco).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O título dizia " O fogo cruzado de Kiev". Corrijo-me: a reportagem ocupava duas páginas, entretanto, grande parte era preenchida por uma impactante foto de fogo e destruição, e outra com padres em meio ao conflito. A reportagem fazia alusão às outras manifestações vivenciadas nos últimos dois anos, como na Síria e no Egito, e argumentava que os conflitos só acabam quando "o mais forte, consegue se sobrepor ao mais fraco". No caso da Ucrânia, separam os lados em - o governo opressor - e - jovens comuns, pessoas direitas, em busca de melhores condições de vida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A reportagem segue dando mais alguns detalhes importantes para a compreensão do conflito; ela não chega a ser "imparcial" (o que é óbvio, sendo uma reportagem publicada na revista Veja), mas um leitor mais atento e com olhar mais relativo consegue compreender a questão abordada sem ser levado para um dos lados - sem contar a inclinação em tratar tudo que vem do governo como "repressor", "atrasado", e encerrar a reportagem com "eles (o povo) não querem que seu país receba ordens dos russos" - acredite, isso é o mais perto do imparcial que já li nas Vejas de sala de espera.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas o que me chamou àtenção foi o seguinte trecho:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"Os protestos arrefeceram e, na semana passada, Yanukovich obteve no Congresso a aprovação de um conjunto de leis, inspiradas nos mecanismos de repressão a opositores da Rússia, que proíbe o uso de máscaras e capacetes nas demonstrações e as carreatas com mais de cinco veículos (...) O povo voltou às praças nevadas, desta vez dispostos a quebrar tudo. Manifestantes lançaram coquetéis molotov contra os soldados, que responderam com balas de borracha. Cinco pessoas morreram. O governo ucraniano demonstrou estar bem alinhado com a estratégia russa de intimidação dos cidadãos (...)".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Destaco os trechos " mecanismos de repressão", ao se referirem às leis que incluem a proibição do uso de máscaras (entende? é "repressivo" proibir o uso das máscaras), além das passagens que reproduzem a violência das manifestações sob um ângulo que a torna "justificável".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aí eu penso na situação do Brasil. Também lançaram o projeto de lei que próibe o uso de máscaras em protestos no Brasil. O que dizem os jornalistas da Veja?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Primeiro, reportagem que não abre a perspectiva de repressão da medida:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/projeto-federal-proibe-uso-de-mascara-em-protestos" target="_blank"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Projeto federal proíbe o uso de máscaras em protestos</span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo, apresenta a crítica ao uso de máscaras em protestos:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/deputados-do-rio-querem-desmascarar-black-blocs" target="_blank">Deputados propõem lei para desmascarar o Black Block</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Terceiro, a coluna de um jornalista que diz que "a medida me agrada":</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/lei-e-ordem/recife-proibe-mascaras-em-protestos-a-medida-me-agrada/" target="_blank">Recife proíbe máscaras em protestos. A medida me agrada.</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fazendo uma pesquisa rápida encontram-se vários exemplos onde a medida é apresentada sempre como uma forma de tornar as manifestações mais "legítimas", e tratam os manifestantes brasileiros como "vândalos". Não vou dizer que não me tapo de nojo das criaturas que aproveitam a loja depredada para levar uma TV de LCD pra casa, mas lendo outras fontes, entendo a simbologia de destruir espaços de reprodução do capitalismo, muitas vezes brutal. Quem nunca ficou p*** com o juros do banco, em alguma situação? Vai dizer que você não sente uma pontada de inveja por que trabalha 44 horas semanais durante 335 dias do ano para ganhar pouco, enquanto o rico aparece na revista Caras gastando milhões em um só dia? Você também quer esse luxo? Ok, eu também quero, mas o que faz uns terem e outros não, é que o sistema capitalista tira de você para das para o outro. Infelizmente é assim, e nem quero dizer aqui que o capitalismo é de todo ruim (pelo menos, por enquanto... vá que eu leia mais sobre isso e acabe não vendo mais lado positivo). Só quero dizer que a ideia de destruir bancos e lojas vêm da concepção de atacar símbolos do capitalismo e da espoliação.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enfim... tudo isso porque achei curioso, mais uma vez, encontrar evidência de como é volátil a opinião da direita/reacionários/ricos/qualqueroutraclassificação, dependendo da situação em que quer defender...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDT25sSW7TyEgND8O3lJf-3fQFB5otLnGCVWBx4FhmLg5dm1v9rqcQOkn7GKpjDozuh0g6cw-axNEZZFLaPU9AaZntWA8ra8faF0J2RBuSDyK9O1Jmd5OT2geL911u9aOI5dzTNg/s1600/imagens-do-dia-20140219-05-size-598.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDT25sSW7TyEgND8O3lJf-3fQFB5otLnGCVWBx4FhmLg5dm1v9rqcQOkn7GKpjDozuh0g6cw-axNEZZFLaPU9AaZntWA8ra8faF0J2RBuSDyK9O1Jmd5OT2geL911u9aOI5dzTNg/s1600/imagens-do-dia-20140219-05-size-598.jpg" height="180" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Ucrânia</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0EIgW-XhsArSwEHjBVmLYJalepjNSf0E9ZzNzExZtnHYjtW63yfbArmFUuNhtHTRSd-wAMT0nEvAThi0TkbeKkObP04di9Ia7OP45VGxAPTTFryv_oddEXuE2rmS3eiKKpF3wtw/s1600/fup20130823660.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0EIgW-XhsArSwEHjBVmLYJalepjNSf0E9ZzNzExZtnHYjtW63yfbArmFUuNhtHTRSd-wAMT0nEvAThi0TkbeKkObP04di9Ia7OP45VGxAPTTFryv_oddEXuE2rmS3eiKKpF3wtw/s1600/fup20130823660.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Brasil</div>
<br />Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-49865928305863171082013-10-18T21:33:00.000-03:002013-10-18T21:34:18.625-03:00Seminário Integrado e Ensino Médio Politécnico<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando iniciei neste ano a minha carreira docente, me foi designada, além de ministrar Geografia, a disciplina de Seminário Integrado em um primeiro ano do Ensino Médio noturno. Como estou no começo da caminhada como professora, é bastante difícil construir um texto crítico em relação ao sistema escolar o qual estou me adaptando. Entretanto, já no quase encerramento das atividades na "disciplina", acredito ter constituído algumas concepções, que nem sei se vão de acordo com a proposta do Ensino Médio Politécnico ou outras implicações que este possa oferecer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Particularmente, minha experiência no Seminário Integrado foi assustadora. Assustadora porque entrei na escola, nunca havia lecionado a disciplina de Geografia (além dos estágios) e já me intimam mais um desafio novo e imprevisível. Sem saber muito bem qual o objetivo da proposta da "disciplina", fui tendo algumas ideias sobre como desenvolver o espírito crítico nos alunos, em relação ás questões levantadas em sala de aula - os problemas do bairro. Entretanto, em alguns momentos do ciclo, meu processo criativo era podado por exigências do currículo e do cronograma, e como sou uma pessoa que traumatiza fácil, essas limitações acabam incidindo além do momento da disciplina de SI.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por outro lado, a pesar desses choques de ideias, fui constituindo uma caminhada diferente na minha turma: como eram poucos alunos, o projeto de pesquisa limitou-se a um só, tendo como problemática as inquietações sobre o bairro: serviços públicos, poluição, etc. Adotei ao longo do ano a metodologia de introduzir aos alunos as etapas do método de pesquisa através de textos, questionamentos, discussões e construção coletiva de cada item que tem por objetivo organizar e desenvolver uma pesquisa: tema, problema, objetivos, metodologia, aplicação e análise. As discussões produzidas em sala de aula foram mais interessantes e construtivas que os produtos escritos propriamente, mas a exigência de documentos avaliativos ainda tem um peso forte e quase que escuso, e a escrita acaba tendo de ser exigida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mesmo com os percalços, de falta de comprometimento, disponibilidade de tempo, a confusão de trabalhar com um número de alunos durante a semana e esse número ser reduzido nos sábados, em que muitos trabalham e justificam sua ausência (dificulta a continuidade do trabalho), as limitações impostas e minhas próprias limitações por nunca ter trabalhado com a apresentação do método de pesquisa, acredito que, mesmo que o produto final possa carecer de conteúdo, o objetivo de instigar a curiosidade e o diálogo foi cumprido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pensando não na proposta do Ensino Médio Politécnico propriamente, mas em proposições sobre como a inovação do Ensino Médio poderia se desenvolver, o sistema escolar carece de unidade. A proposta é de interdisciplinaridade, mas em absolutamente nenhum momento das atividades de SI na turma em que eu regia, tive a colaboração de outros professores de outras áreas do conhecimento. Independente se foi por falta de comunicação, falta de tempo ou falta de vontade, o fato é que FALTOU.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A integração e interdisciplinaridade resumidas em um disciplina já é conflituoso, ainda mais quando o trabalho desenvolvido nessa disciplina é suprido por apenas um professor, com suas limitações técnicas e conteudistas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Trabalhar com a pesquisa e a interdisciplinaridade deve abarcar todo o projeto escolar. Todos os professores e currículos devem estar comprometidos no auxílio e mediação do processo de busca de conhecimento dos alunos. A disciplina de SI não precisa necessariamente deixar de existir, mas deve ser encarada como um espaço de compilação dos conhecimentos, dividida e orientada por todos os professores que possam colaborar com o desenvolvimento da pesquisa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Podemos usar o "tema gerador", as propostas dos alunos, dos professores, da comunidade... independente da fonte, temos que trabalhar para que todas as disciplinas forneçam suporte para o desenvolvimento criativo dos alunos. Várias pesquisas podem ser feitas, vários objetos podem ser apontados, vários momentos podem ser apresentados, desde que tenham o suporte e sejam abarcados por todo o corpo escolar. Usando um exemplo simplista, as disciplinas de Geografia, Sociologia, História,Biologia, Física, Português, etc. devem se estruturar de maneira que auxiliem em sua parte no projeto de pesquisa do Seminário Integrado, e o espaço da disciplina SI servindo como sintetizador desses conhecimentos no desenvolvimento de hipóteses e soluções para o problema instituido sob várias possibilidades.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Minha atividade no SI neste ano de 2013 foi enriquecedora, tanto para mim quanto, acredito, para meus alunos, mas certamente poderia ser desenvolvida por meios mais ricos e produzindo materiais mais completos. A atuação não foi decepcionante, o que frustrou a caminhada foi a falta de unidade escolar nos projetos. Sendo objetiva, sim, me senti prejudicada no sentido de encarar sozinha na minha turma (como outros professores encararam em suas regências) as dúvidas e muitos assuntos ("conteúdos") que poderiam ser muito mais produtivamente abordados e desenvolvidos se outros professores de áreas distintas tivessem espaço maior para colaborar com o desenvolvimento científico da turma.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-24765990994129306302013-08-03T12:30:00.002-03:002013-08-03T12:34:44.950-03:00Se reconhecer é maior que o reconhecimento.<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Como o ser humano é bobo...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">(Dessa vez, não é nenhum texto crítico)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A gente fica todo "se achando" quando o nosso nome, nosso trabalho é lembrado. O mais gostoso disso é quando você não procura por reconhecimento, só pura e simplesmente faz o seu trabalho da melhor maneira possível, sem auto-promoção, e a valorização para nós (pessoas simples) é uma mera menção, é um "não esquecemos de ti porque fostes importantes".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eu sou do tipo que não valoriza o fato de ter passado no primeiro vestibular, de ser elogiada por um professor, de ter passado no primeiro concurso do magistério estadual que fiz em primeiro lugar na área pela CRE. Não mesmo. Quem me conhece, nem sabe direito que conquistei essas coisas, falo aqui, agora, pra evidenciar o que, de fato, me deixa feliz.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eu sou do tipo que fica mais realizada quando os amigos se formam, quando os amigos são aprovados, quando ouço um simples "como a Débora é...", seguida de um adjetivo singelo. Fico mais boba ainda quando não dizem pra mim, quando descubro por acaso que meu trabalho, minha amizade, meu esforço são valorizados.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Isso aconteceu hoje quando li uma historinha do Album do PIBID FURG, que o autor nem deve ter pensado "uó, a Débora foi importantíssima", mas só de eu, uma "estrangeira" do PIBID, que estava lá porque a professora coordenadora me tinha como bolsista e necessitava de mim para auxiliar o desenvolvimento de seu trabalho, acabava sendo mais aprendente do que auxiliadora, ser citada no registro de um trabalho tão importante, me deixa contente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No fim, eu deveria mais é ter reprovado e ficado mais um ano na FURG para continuar no projeto! Mas não, precisava me formar e trabalhar, tenho uma filha canina pra sustentar...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas então, essas coisas que me fazem feliz. Ganhei a semana quando li "uma aluna para ajudar na coordenação" e "Prestando atenção a que ninguém se perca de estação, nossa colega nos acompanha e ajuda na organização do trem da partida a chegada". </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Como ganhei a semana outro dia que uma aluna disse "Bah professora, não gosto das suas aulas porque elas fazem a gente pensar".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ou quando minha cunhada e amiga disse "Só tu mesmo pra me fazer rir".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ou quando minha mãe não entende o que é uma pós-graduação, que eu penso "ok, vamos em frente, nenhuma conquista é unânime".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Me deixa feliz saber que eu posso ir adiante, e descubro que posso ir adiante quando vejo que, sem esforço pessoal pelo retorno evidente, o que fiz naturalmente ao longo do trajeto teve significado para outras pessoas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nesse sentido, a carreira de professora é enriquecedora e frustrante, porque quando não sentimos retorno dos alunos, sentimo-nos fracassados. Mas aqueles pequenos momentos, pequenos reconhecimentos, em que vemos o entendimento nos olhos dos nossos alunos, uau, é o que me faz acreditar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quem me conhece intimamente, sabe que atualmente ando (e muitos andam) revoltada com a atitude de indivíduos na sociedade, e sabe dessa minha falta de auto-valorização, e vai entender que o que eu quero com esse texto é mostrar que: você não precisa de um holofote para ser alguém importante, você precisa do seu esforço e dos seus amigos.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-4-W2EOVYf_Nw4uH7yiL5Z5dTxE1bDqYRIeEwqGjnP4GiSg1CEOrNDUr2Oe0bOzKoQbArDS5JSCA7kuF_XoQikU6KGhMF1V34I8HcCY0LaPMUoFTtQdjCzzGNJAtza14nA-JJkg/s1600/bolacha1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-4-W2EOVYf_Nw4uH7yiL5Z5dTxE1bDqYRIeEwqGjnP4GiSg1CEOrNDUr2Oe0bOzKoQbArDS5JSCA7kuF_XoQikU6KGhMF1V34I8HcCY0LaPMUoFTtQdjCzzGNJAtza14nA-JJkg/s320/bolacha1.jpg" width="315" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-69613094717500417082013-07-12T19:39:00.001-03:002013-07-12T19:40:27.803-03:00"Coxinha" não me representa!<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como quando aconteceram as primeiras aparições de fotos "mascaradas" com aquela imagem que, hoje sei, refere-se ao filme "V de Vingança", primeiramente ignorei, mas depois decidi descobrir a que diabos se referia a expressão "coxinha", que têm pululado nas redes sociais fazendo referência, pelo que percebo, à políticos de direita e conservadores.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então, fui tentar entender o termo, numa rápida pesquisa na internet.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Depois de ler algumas postagens explicando a origem do termo (paulistano), tentei fazer acepções a respeito de seu uso atual e sua semântica, e não consegui encontrar sentido. Posso ser uma humana de capacidade inferior que não compreende expressões explicitamente marcantes? Posso, mas não me sinto à vontade em relacionar o termo "coxinha" em sua referência original com sua evolução para classificar "pessoas que querem ostentar um status superior, com códigos próprios" (e também não entendo a relação dessa justificativa com os políticos reacionários os quais tem sido referidos pelo termo).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não vou dissertar sobre o tema, apenas digo que não me faz sentido, e nunca fará, a utilização da palavra "coxinha" pra referir-me a pessoas, independente da índole que o termo pretenda designar. Acho simplesmente deslocado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 24px;">A seguir, texto extraído de <</span><a href="http://leorossatto.wordpress.com/">http://leorossatto.wordpress.com</a>>, que, me elucidou sobre o sentido do termo como tem sido empregado, mas não me convenceu sobre sua justificativa (não é crítica quanto ao artigo, é apenas uma barreira minha de não encontrar a lógica no uso do termo para o fim atualmente usado):</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h2 class="entry-title" style="background-color: white; border: 0px; clear: both; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 21px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="http://leorossatto.wordpress.com/2012/06/26/o-coxinha-uma-analise-sociologica/" rel="bookmark" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; color: black; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">O Coxinha – uma análise sociológica</a></h2>
<div class="entry-meta" style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span class="meta-prep meta-prep-author" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Publicado em</span> <a href="http://leorossatto.wordpress.com/2012/06/26/o-coxinha-uma-analise-sociologica/" rel="bookmark" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; color: #777777; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" title="1:14 pm"><span class="entry-date" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">junho 26, 2012</span></a><span class="by-author" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; clip: rect(1px 1px 1px 1px); margin: 0px; padding: 0px; position: absolute !important; vertical-align: baseline;"><span class="sep" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">por</span> <span class="author vcard" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a class="url fn n" href="http://leorossatto.wordpress.com/author/leorossatto/" rel="author" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; color: #777777; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" title="Ver todos os posts de Léo Rossatto">Léo Rossatto</a></span></span></div>
<div class="entry-content" style="background-color: white; border: 0px; clear: both; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 12px 0px 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Um fenômeno se espalha com rapidez pela megalópole paulistana: os “coxinhas”. É um fenômeno grandioso, que proporciona uma infindável discussão. A relevância do mesmo já faz com que linguistas famosos se esforcem em entender a <a href="http://coxesportugues.tumblr.com/" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; color: #743399; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">dinâmica do dialeto</a> usado por esse grupo, inclusive.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Afinal, quem são os coxinhas, o que eles querem, como esse fenômeno se originou?</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O que eles são?</strong></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
“Coxinha”, sociologicamente falando, é um grupo social específico, que compartilha determinados valores. Dentre eles está o individualismo exacerbado, e dezenas de coisas que derivam disso: a necessidade de diferenciação em relação ao restante da sociedade, a forte priorização da segurança em sua vida cotidiana, como elemento de “não-mistura” com o restante da sociedade, aliadas com uma forte necessidade parecer engraçado ou bom moço.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Os coxinhas, basicamente, são pessoas que querem ostentar um status superior, com códigos próprios. Até algum tempo atrás, eles não tinham essa necessidade de diferenciação. A diferenciação se dava naturalmente, com a absurda desigualdade social das metrópoles brasileiras. Hoje, com cada vez mais gente ganhando melhor e consumindo, esse grupo social busca outras formas de afirmar sua diferenciação.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Para isso, muitas vezes andam engomados, se vestem de uma maneira específica, são “politicamente corretos”, dentro de sua noção deturpada de política, e nutrem uma arrogância quase intragável, com pouquíssima tolerância a qualquer crítica.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A Origem</strong></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Existem muita controvérsia a respeito do tema. Já foram feitas<a href="http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/1078798-tipicamente-paulistana-giria-coxinha-tem-origem-controversa.shtml" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; color: #743399; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"> reportagens para elucidar o mistério</a><span style="background-color: transparent;">, sem sucesso, mas é hora de finalmente revelar a verdade a respeito do termo.</span></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
A origem do termo “coxinha”, como referência a esse grupo diferenciado, não tem nada de nobre. O termo é utilizado, ao menos desde a década de 80, para se referir aos policiais civis ou militares que, mal remunerados, recebiam também vales-alimentação irrisórios, também conhecidos como “vales-coxinha” (os professores também recebem, mas não herdaram o apelido). Com o tempo, a própria classe policial passou a ser designada, de forma pejorativa, como “coxinhas”. Não apenas por causa do vale, mas por conta da frequência com que muitos policiais em ronda, especialmente nas periferias das grandes cidades, acabam se alimentando em lanchonetes, com salgados ou lanches rápidos, por conta do caráter de seu serviço.</div>
<div class="wp-caption aligncenter" style="background-color: #f1f1f1; border: 0px; clear: both; line-height: 18px; margin: 0px auto 20px; max-width: 100%; padding: 4px; text-align: center; vertical-align: baseline; width: 360px;">
<img alt="" height="350" src="http://leorossatto.files.wordpress.com/2012/06/coxinha-8604.jpg?w=350&h=350" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; margin: 5px 5px 0px; max-width: 622px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" title="Coxinha" width="350" /><br />
<div class="wp-caption-text" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; color: #777777; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 12px; margin: 5px 5px 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Reação da coxinha, o salgado injustiçado, ao ver seu nome associado ao grupo social</div>
</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Os policiais, apesar de mal remunerados, são historicamente associados à parcela mais conservadora da sociedade, por atuarem na repressão aos crimes, frequentemente com truculência. Com o a popularização de programas policialescos como Aqui Agora, Cidade Alerta e Brasil Urgente, o adjetivo coxinha passou a designar também toda a parcela de cidadãos que priorizam a segurança antes de qualquer outra coisa. Para designar essa parcela que necessita de “diferenciação” e é individualista ao extremo, foi um pulo.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Expoentes</strong></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Não cabe citar socialites ou coisa do tipo. São pessoas que vivem em um mundo paralelo essas daí. Mas vou citar três criadores de tendências no universo coxinha:</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">1) O “engraçado”: Tiago Leifert</strong></div>
<div class="wp-caption aligncenter" style="background-color: #f1f1f1; border: 0px; clear: both; line-height: 18px; margin: 0px auto 20px; max-width: 100%; padding: 4px; text-align: center; vertical-align: baseline; width: 426px;">
<img alt="" height="288" src="http://ocanal.files.wordpress.com/2010/11/tiagoleifert.jpg?w=416&h=288" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; margin: 5px 5px 0px; max-width: 622px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" title="Tja" width="416" /><br />
<div class="wp-caption-text" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; color: #777777; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 12px; margin: 5px 5px 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Um exemplo do que o Tiago Leifert trouxe pro jornalístico Globo Esporte: apostas babacas envolvendo a seleção da Argentina</div>
</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Uma característica importante do coxinha padrão é tentar ser descolado, descontraído e não levar as coisas a sério. E nisso o maior exemplo é esse figurão da foto acima. Filho de um diretor da Globo, cavou espaço na emissora para introduzir o jornalismo coxinha na grade de esportes da Globo. Jogos de futebol valem menos do que as piadas sem graça sobre os jogos, metade do Globo Esporte é sempre sobre vídeo-game ou sobre a dancinha nova do Neymar, e TUDO vira entretenimento, não esporte.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Prova disso são declarações do próprio, como a declaração em que ele diz que <a href="http://twitter.com/TiagoLeifert/statuses/170268163500552192" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; color: #743399; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">não leva o esporte a sério</a>, ou quando fala que <a href="http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2011/04/22/tiago-leifert-defende-jogos-as-22h-o-brasil-e-o-pais-da-novela.jhtm" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; color: #743399; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">o Brasil não é o país do futebol, é o país da novela</a>. Isso revela duas características do coxinha default: ele não aceita críticas (e isso fica claro pelo número imenso de usuários bloqueados no Twitter pelo Tiago Leifert – incluindo este que vos escreve) e ele não tem conteúdo, provocando polêmicas para aparecer. Tudo partindo, obviamente, da necessidade quase patológica de diferenciação.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">2) O “bom moço”: Luciano Huck</strong></div>
<div class="wp-caption aligncenter" style="background-color: #f1f1f1; border: 0px; clear: both; line-height: 18px; margin: 0px auto 20px; max-width: 100%; padding: 4px; text-align: center; vertical-align: baseline; width: 370px;">
<img alt="" height="460" src="http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/files/2011/07/huck.jpg" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; margin: 5px 5px 0px; max-width: 622px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="360" /><br />
<div class="wp-caption-text" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; color: #777777; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 12px; margin: 5px 5px 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A aparência de bom moço – só aparência</div>
</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O apresentador, que revelou beldades como a Tiazinha e a Feiticeira na Band, na década de 1990, virou, na Globo, símbolo do bom-mocismo coxinha. Faz um programa repleto de “boas ações”, que, no fundo, são apenas uma afirmação de superioridade, da mesma forma que a filantropia dos Rockfellers no início do século XX. Puro marketing.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Quando você reforma um carro velho ou uma casa, além de fazer uma boa ação, você se autopromove. Capitaliza com o drama alheio mostra que, além de “bondoso”, você é diferente daquele que você está ajudando. Como preza a cartilha do bom coxinha.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Além disso, Luciano Huck é a representação da família bem sucedida e feliz. Casado com outra apresentadora da Globo, Angélica, forma um dos “casais felizes” da emissora. Praticamente uma cartilha de como montar uma família coxinha. “Case-se com alguém bem sucedido, tenha dois ou três filhos, e leve eles para festinhas infantis junto com outros filhos de famosos”.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Para se mostrar engajado e bom moço, Huck deu até <a href="http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/redes-sociais-multiplicam-resultados-da-rio20-diz-luciano-huck.html" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; color: #743399; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">palestra sobre sustentabilidade na Rio+20</a>. Irônico, pra quem foi <a href="http://www.dnonline.com.br/app/noticia/divirta-se/2012/03/16/interna_divirtase,93932/luciano-huck-assina-acordo-ambiental-com-prefeito-de-angra.shtml" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; color: #743399; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">condenado por crime ambiental, em Angra dos Reis</a>. Ele fez uma praia particular sem autorização. Diferenciação, novamente. Isolamento. Características típicas do coxinha default. Assim como “ter twitter”. Mas o twitter dele é praticamente um bot, só serve pra afagar seus amigos famosos e mandar mensagens bonitinhas.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">3) A “Coxinha Política”: Soninha Francine</strong></div>
<div class="wp-caption aligncenter" style="background-color: #f1f1f1; border: 0px; clear: both; line-height: 18px; margin: 0px auto 20px; max-width: 100%; padding: 4px; text-align: center; vertical-align: baseline; width: 545px;">
<img alt="" height="335" src="http://leorossatto.files.wordpress.com/2012/06/soninha2012.jpg?w=535&h=335" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; margin: 5px 5px 0px; max-width: 622px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" title="Soninha" width="535" /><br />
<div class="wp-caption-text" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; color: #777777; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 12px; margin: 5px 5px 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Soninha, em evento do PPS: “onde foi que eu me enfiei?”</div>
</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O terceiro e último (graças a Deus) exemplo de coxinha é a figura da imagem acima. Soninha Francine deve ser o maior caso de metamorfose política do Brasil. Até 2006 era petista convicta, mas o vírus da COXINHICE já afetava seu cérebro, a ponto dela sair na capa da Época em 2001 falando “eu fumo maconha”, provavelmente por um brilhareco.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Daí ela saiu do PT, entrou no PPS, caiu nos braços de José Serra e do PSDB paulista e se encontrou. Tenta conciliar a fama de “descolada”, adquirida nos anos como VJ da MTV, com uma postura política típica de um coxinha padrão: individualista e conservadora. E, pra variar, manifesta tais posturas via… Twitter. Emblemático foi o dia em que Metrôs BATERAM na Linha Vermelha e ela, afogada em seu individualismo, disse que não encarou nenhum problema e que o Metrô estava “sussa”. Assim como a acusação de “sabotagem” do Metrô às vésperas da eleição de 2010.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Soninha ajuda a definir o estereótipo do coxinha default. O coxinha tenta de forma desesperada parecer um cara legal, descolado e antenado com os problemas do mundo. Mas não consegue disfarçar seu individualismo e sua necessidade de diferenciação. Não consegue disfarçar seu rancor quando os outros passam a ter as mesmas oportunidades e desfrutar dos mesmos serviços que ele.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Conclusão</strong></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O coxinha é um fenômeno sociológico disseminado em vários lugares, mas, por enquanto, só “assumido” em São Paulo (em outras cidades, os coxinhas ainda devem ter outros nomes). Não por acaso, tendo em vista que São Paulo é um dos ambientes mais individualistas do Brasil.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
São Paulo é uma das cidades mais segregadas do país. É uma cidade de grande adensamento no centro, com as regiões ricas isoladas da periferia. A exclusão é uma opção dos mais ricos. Eles não querem se misturar com o restante da população. E, nos últimos anos, isso ficou mais difícil: não dá mais pra excluir meramente pelo poder econômico. Daí, é necessário expor um personagem, torná-lo um padrão, pra disseminar essa mentalidade individualista e conservadora: é aí que surge o coxinha.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
E isso é bom. Porque o coxinha, hoje, é exposto ao ridículo pelo restante da sociedade. Até algum tempo atrás, ele era apenas um personagem latente. Ele não aparecia, portanto, não podia ser criticado ou ridicularizado. No final, o surgimento dos coxinhas só reflete a mudança do nosso perfil social. E, por incrível que pareça, o amadurecimento de nossa sociedade.</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-19446427838966790202013-06-16T22:42:00.002-03:002013-06-16T22:42:45.422-03:00Vaias à presidente do Brasil na abertura da Copa das Confederações 2013<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sei que é um assunto aaaaaamplo, altamente perigoso e discutível, mas não posso deixar de demonstrar a minha opinião sobre as vaias à presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa das Confederações ontem, 15 de junho de 2013. Acho que vou abordar o tema em tópicos e tentar resumir minha opinião.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- Lembremos que, fora das imediações do estádio Mané Garrincha, em Brasilia, centenas de manifestantes estavam nas ruas (lugar de protesto) reivindicando por maior atenção do Governo Brasileiro para várias questões sociais mais importantes no país - como a educação. Essas pessoas, até onde eu sei, pacificamente, estavam fora da "zona de conforto", sendo ameaçadas por iminente repressão policial (que mesmo que necessária em caso de violência e vandalismo, é questionável sua postura quando nos referimos à manifestações sociais), estavam lá, mostrando sua intenção: opinar, protestar - por que mesmo que tenhamos o processo "democrático" do voto, nossos representantes políticos precisam saber de alguma forma o que incomoda a sociedade e o que ela julga importante e prioritária.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- As pessoas que estavam no estádio, estavam prestigiando um evento de proporções mundiais conquistado durante o processo contínuo do Governo Federal ainda atuante, cuja representante é a presidente Dilma Rousseff. Se é uma "conquista" válida ou não para o povo brasileiro, é OUTRA discussão que acredito não ser necessária para expor minha opinião referente ao acontecido na abertura do evento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sendo assim, as pessoas que vaiaram a presidente no estádio, presumidamente, não são discordantes em relação à vinda do evento para o Brasil - já que pagaram seus ingressos, participaram e prestigiaram o evento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- Por que as pessoas que estavam no estádio vaiaram? Não sei ao certo, mas tenho palpites.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- Talvez porque grande parte dos brasileiros adoram reclamar: reclamam do técnico, reclamam do árbitro, reclamam da falta de feriado em agosto, reclamam da política, mas sair da "zona de conforto" (no caso, cadeira estofada no estádio) que é bom, poucos fazem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- Talvez porque quem tem dinheiro para pagar cerca de R$ 400 em um ingresso para uma partida de futebol, provavelmente viva em uma classe ou nivel social economicamente favorecido e não esteja contente com o aumento do preço da gasolina, do tomate, da TV de 42", do imóvel na praia, com suas necessidades individualistas (inclusive, possivelmente críticos dos recentes protestos contra o aumento das passagens em grandes cidades brasileiras), e resolveu mostrar sua insatisfação ali, na cadeira estofada, na segurança, sem riscos de levarem bala de borracha no olho, e ainda desfrutando de uma boa (nem tão boa assim) partida de futebol de âmbito mundial.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- Ou, também, as pessoas que lá estavam têm aquela mentalidade (que talvez todos nós tenhamos em referência a algum assunto que envolva nosso país) de que o Brasil é uma merda que nunca vai mudar, é um país pelo qual a população sente vergonha, e resolveu mostrar que despreza seu próprio país em rede mundial de transmissão em massa (o futebol). Sim, porque vaiar a representante maior de seu país, colocada lá em processo eleitoral, escolhida pela maioria da população do país é dizer que detesta seu país e seu povo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não sei se preciso resumir o que eu penso - pode tornar a opinião simplista ou parcial -, mas devo deixar claro que achei as vaias vergonhosas, para os brasileiros, e desnecessárias, porque quem realmente está descontente, se tem na agenda dois programas -uma manifestação social em busca de evidenciar suas necessidades, e se distrair em uma partida de futebol - no mesmo dia, moralmente deveria lutar pela sua opinião, e não ir prestigiar um evento que, notoriamente, sugou e suga muito dinheiro dos cofres públicos que serviriam para buscar soluções para mazelas sociais. E ainda me vai ao jogo de futebol pra pagar mico.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF41f9NRPmdX_MfxjLGov_J-a9fVLGjdtOz5mAhHppqfrgu15-knYMZk1pIJuiKav9y92SgUULk6u4X1f0YC-AJ6Vppp3wRiw7DeauTsNx8tMxdduh_SbdtqrHQD7-NjmvXhJTtA/s1600/09torcidajogoestadio1506matsu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF41f9NRPmdX_MfxjLGov_J-a9fVLGjdtOz5mAhHppqfrgu15-knYMZk1pIJuiKav9y92SgUULk6u4X1f0YC-AJ6Vppp3wRiw7DeauTsNx8tMxdduh_SbdtqrHQD7-NjmvXhJTtA/s320/09torcidajogoestadio1506matsu.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Manifestantes no estádio Mané Garrincha, em Brasília (15-06-13)</div>
<div style="text-align: center;">
Fonte: Terra Brasil</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGwyy_Rxwjqnct_HBDTBss55MfmLGQHtZctifP1NzlToocWpWYOESYJOFmiWDxdjc12S6b1NARTMTGj7ZJR7Hi2YJh5IOtzYIWLfkZACECVa8eNJfG2aMMXdaGKhLoQJAu4bXx7w/s1600/manifesto620.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGwyy_Rxwjqnct_HBDTBss55MfmLGQHtZctifP1NzlToocWpWYOESYJOFmiWDxdjc12S6b1NARTMTGj7ZJR7Hi2YJh5IOtzYIWLfkZACECVa8eNJfG2aMMXdaGKhLoQJAu4bXx7w/s320/manifesto620.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Manifestantes nas ruas de Brasília (15-06-13)</div>
<div style="text-align: center;">
Fonte: G1</div>
<br />
<br />
<br />Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-76790635505574892792013-05-15T21:32:00.000-03:002013-05-24T10:14:47.492-03:00Utilidade Pública - DUBET: O que é uma Escola Justa?<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nossa, por um acaso do destino, resolvi dar uma olhada em um outro blog que fiz há muito tempo, e pouco postei e esqueci, quando vi que o texto a seguir teve<span style="font-size: large;"> 133 visualizações</span>! O dobro do que qualquer outro do blog principal (este).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É o fichamento (ou resenha?) de um texto, provavelmente exigida na disciplina de Didática no curso de Geografia da FURG (creio, pois a escrita é de 2009, quando eu estava no terceiro ano do curso).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>O que é uma escola justa?</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">DUBET, François. "O que é uma escola justa?", Caderno de Pesquisa, v. 34, n. 123, p. 539-555, set./dez. 2004.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>Descrição breve sobre o que trata o texto e sua construção:</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O texto aborda o(s) conceito(s) sobre como seria uma escola justa. O autor propôe questionamentos sobre os métodos utilizados para avaliar a justiça do sistema educacional, e apresenta como sendo a característica do sistema de ensino vigente o "modelo meritocrático", onde, teoricamente, é fornecido a todos alunos as mesma ferramentas para alcançar sua formação.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A partir dessa constatação, o autor discorre sobre as falhas desse método, e propôe, timidamente, correções que poderiam ser feitas para tornar a escola mais livre das desigualdades sociais que permeiam sobre nossas relações sociais e nossas oportunidades.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ele divide o texto em sete partes, mais a introdução sobre as pretenções do texto, e suas distinções são feitas basicamente através dos quetionamentos levantados sobre o conceito e as falhas do sistema escolar vigente. São estes os subtítulos: " A Igualdade de Oportunidades e Seus Limites"; "Uma Ficção Necessária"; A Justiça Distributiva"; Garantia de Competências Mínimas"; "Uma Escola Eficaz"; As Esferas de Justiça"; e "Como Tratar os Vencidos?". Todos abordando questões fundamentais para o entendimento do funcionamento do sistema escolar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>Idéias Centrais; Citações do Autor</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Traz as idéias de justiça que queremos ter na escola, e já traz um embate sobre as contradições de tais concepções: "... cada uma das concepções de justiça evocadas entra imediatamente em contradição com as outras. Assim, uma meritocracia escolar justa não garante a diminuição das desigualdades".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O autor problematiza a idéia de "igualdade de oportunidades", alegada no modelo meritocrático: "... a abertura de um espaço de competição escolar objetiva não elimina as desigualdades" (...) " desde o início, os mais favorecidos têm vantagens decisivas". E agrega essa afirmação às condições sociais dos pais, que influenciam na importância familiar para com a escola, o nivel cultural e, inclusive, no nível de capacitação escolar. Afirma: "as desigualdades sociais pesam muito nas desigualdades escolares".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Alega que o sistema meritocrático traz uma crueldade, quando transforma o aluno menos favorecido em "responsáveis por seu fracasso", já que o modelo da meritocracia se reserva da "culpa da desigualdade social", antes e após a vida escolar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Apesar dessas ressalvas, o modelo meritocrático é o mais "justo", se tratando de uma sociedae "democrática", onde o princípio básico é a igualdade entre todos, alegando que " o mérito pessoal é o único modo de construir desigualdades justas". Mas traz a questão de como tornar esse método mais justo, afim de considerar as desigualdades sociais existentes: "É preciso principalmente assegurar a igualdade de oferta educacional para suprimir alguns 'privilégios', algumas cumplicidades evidentes entre a escola e determinados grupos sociais".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Como uma tentativa de compensar as desigualdades, o autor propõe a centralidade no aluno e suas competências apresentadas em aula.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Também traz a idéia de mecanismos que rompem com a "igualdade pura" para que s obtenha resultados mais inclusivos, "se quisermos que as mulheres entrem na política, será preciso que criemos quotas; se desejarmos que os bons alunos dos bairros populares façam bons estudos, será preciso que tenham preparação específica...".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A idéia de "garantia de competências mínimas" traz uma maneira de termos uma igualdade mínima de ensino: "Na verdade, essas garantias visam a limitar os efeitos dos sistemas meritocráticos" (...) "Rawls, considera que a justiça de um sistema escolar pode ser medida pelo modo como trata os mais fracos e não somente pela criação de uma competição pura".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Uma discussão sobre o valor de diplomas no mercado de trabalho é levantada, ao considerar que esses diplomas "fixam o nível e as portunidades de emprego à que os indivíduos podem prentender", além de trazer à tona o fato de que o acesso a cursos profissionalizantes também é limitado, de certa forma, pelas desigualdades sociais trazidas na bagagem de cada aluno, e consequentemente a mesma alteração no mercado de trabalho em que os alunos irão atuar e, novamente, no seu nível social.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">As diferentes esferas de justiça também atuam na concretização de uma escola justa: "há desigualdade e injustiça novas quando as desigualdades produzidas por uma esfera de justiça provocm automaticamente desigualadades em outra esfera" - processo que ja foi abordado no parágrafo anterior. Aqui, ele traz um argumento que pode nos ajudar a compreender as dimensões da importância do processo de educação e sua modificaçao: "uma escola justa não teria a pretensão de fazer a triagem dos indivíduos de maneira tão definitiva; ela permitiria, aos que fracassaram ou saíram, tentar uma nova oportunidade" (...) "Um sistema mais aberto, com maior mobilidade, que oferecesse duas ou três oportunidades, menos preocupado com a produção de uma elite fechada, seria provavelmente menos injusto porque suas próprias injustiças teriam menos consequencias sobre o destino dos indivíduos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Por fim, o autor alega que a escola justa deveria primeiramente se questionar sobre como tratar os alunos mais fracos, aqueles que fracasaram nas primeiras tentativas. Questiona as maneiras de tratar as competências dos alunos e apresenta a idéia de que a "discriminação positiva" seria talvez a maneira mais justa de tratar os alunos, agregar ao modelo de escola meritocrático, princípios que possam aprimorá-lo e assegurar maior igualdade de oportunidades: "Enfim, um sistema competitivo justo, como o da escola meritocrática da igualdade de oportunidades, deve tratar bem os vencidos na competição, mesmo quando se admite que essa competição é justa".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>Opinião sobre o assunto e sobre o texto:</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Acredito que a discussão sobre uma escola justa tem de ser mais abrangente do que somente o âmbito escolar. Seria necessário toda uma transformação social, de preconceitos sociais, de acomodação social, e sobre o que deve ser mais importante na sociedade. Considerei interessante as quesões problematizadas ao longo do texto. É de suma importância conhecer os processos sociais que permeiam o sistema escolar no qual iremos ingressar como professores num futuro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A pesar de não apresentar uma "solução" de uma escola justa - até porque julgo isso, no mínimo, um processo longo - o texto explicita bem o que deveria ser considerado para iniciar um processo de transformação escolar, pessoal, social.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Tendo em vista nossa sociedade capitalista, que visa acima de tudo a competição, as ideias abordadas pelo autor são de uma lógica coerente. E, de fato, creio que de nada serve ficarmos idealizando um modelo escolar que não condiz com nossa realidade social - mesmo sabendo que o sistema não é o mais justo. Manter a ideia de competição na escola é essencial no modo de produção capitalista, e enquanto vivermos com ele, nos resta adequar, de maneiras mais justas, o processo de formação escolar com a realidade do mercado e com a realidade social.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">(Abril de 2009)</span></div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-90947814520878057182013-05-14T16:10:00.002-03:002013-05-14T16:10:59.230-03:00Os verdadeiros "problemas internos" do Brasil<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Tchê, na boa, eu fico de cara com essas publicações em redes sociais de "Brasil contrata médicos cubanos", "Brasil fornece 'dinheiro' para invesitmentos em Cuba". Sinceramente, não vejo problema com isso! O Brasil tem seus próprios problemas? Sim. E não são poucos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas pensemos em Cuba: desde a Revolução Cubana, o país sofre com sanções econômicas, de política e comércio externo. Se fosse qualquer outro país do mundo (além de Venezuela, Bolívia e alguns países "estigmatizados" pelo socialismo), o Brasil estaria "investindo em alianças externas e contribuindo para as relações diplomáticas com países em ascensão econômica".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os caras não têm dinheiro ou infraestrutura em alguns setores não porque não querem (ou os governantes - "ditadores"- não querem), mas porque são a décadas boicotados pelo resto do mundo capitalista que se nega a importar e exportar mercadorias e tecnologias ao país, no fundo, por medo de que o socialismo dê certo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Então, o "problema" de o Brasil contratar cubanos ou ajudar Cuba, não é porque o nosso país está mal das pernas em muitas questões internas, mas sim porque é simplesmente Cuba, socialista, o câncer do capitalismo tratado com quimioterapia exaustiva pelas grandes potências capitalistas mundiais, tanto em nível econômico, como político e midiático.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não estou com tempo para discorrer longamente sobre o tema, mas não podia deixar de registrar esse pensamento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/28576/50+verdades+sobre+as+sancoes+economicas+dos+estados+unidos+contra+cuba.shtml">http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/28576/50+verdades+sobre+as+sancoes+economicas+dos+estados+unidos+contra+cuba.shtml</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRXupqyTp3c-HTu1wMaZuEgvpfLgsZglWOoRIwIHHcTR2NMAXFjl3g-yjG44s9wjVOWMTZG6-RMjrGPbbkCojoJhFfeLuoCTXYStXnUxJtxeX6wSy4oxrZTJwp4-oMU-TruQdP1g/s1600/Lift_Cuba_embargo_by_Latuff2%5B2%5D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRXupqyTp3c-HTu1wMaZuEgvpfLgsZglWOoRIwIHHcTR2NMAXFjl3g-yjG44s9wjVOWMTZG6-RMjrGPbbkCojoJhFfeLuoCTXYStXnUxJtxeX6wSy4oxrZTJwp4-oMU-TruQdP1g/s400/Lift_Cuba_embargo_by_Latuff2%5B2%5D.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://napraxis.blogspot.com.br/2010/03/entrevista-com-carlos-latuff.html">http://napraxis.blogspot.com.br/2010/03/entrevista-com-carlos-latuff.html</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27396917.post-68580110566061603682013-05-10T22:41:00.000-03:002013-05-10T22:50:08.966-03:00Ah... o Rock and Roll...<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É sempre divertido falar de Rock. Como ninguém pergunta nada pra mim, resolvi contar aqui, que as "paredes" me ouvem. E também porque é bom uma dose de narcisismo de vez em quando.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Todo mundo tem um passado negro, e eu começo dizendo que na faixa etária dos 6 anos, eu sabia de cor todas as músicas do "É o Tchan" (o que não era muito difícil). Depois, na faixa dos 10 anos, o sertanejo (naquela época, não era "universitário", o que diminui a quantidades de pontos negativos pra mim) era a trilha sonora, sonhando fazer a dupla "Thaís e Laís" com a minha amiga de infância. Meu irmão faz questão de lembrar que, nessa época, eu debochava de uma propaganda de uma banda na TV: "Punk Rock até os Ossos, que merda é essa??". Triste.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Então, lá pelos 13 anos, a coisa começa a melhorar. Meu círculo de amizades se ampliou; mesmo assim, a época era do KLB, lembra, A** P****? (talvez ela não queira revelar o nome, hauehaiuahe). Porém, tinha uma das amigas desse novo círculo de amizades que, ironicamente, era e permanece hoje a menos "rockeira" do bando, que possuía dois CD's que mudaram a minha vida: Live in Roma, do Nirvana, e Appetite for Destruction, do Guns N'Roses. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quando ouvi a primeira vez os ditos CD's, de cara identifiquei umas 5 músicas que tinha ouvido na rádio, gostado, mas não sabia do que se tratava. Então, descobri o Rock.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Aí foi uma corrida desenfreada. Em época em que a classe média baixa ainda não tinha tanto acesso à internet, eu e minhas amigas recorríamos à loja de revista da vila (tenho umas revistas do Nirvana até hoje), atrás de informações sobre bandas de rock. Lembro que ao descobrir o nome da banda que tocava "Rock and Roll All Nite" eu e a Paula sentamos no PC do meu irmão, com internet discada, á procura de "novidades" no Google. Eram blogs pequenos e informais de onde tirávamos as primeiras informações de tudo que curtíamos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Surrupiei uma fita cassete do meu irmão do Faith no More, e repetíamos mil vezes "Epic" no micro-system da Paula (eu era tão pobre dos inferno que nem rádio com CD eu tinha). Tínhamos "gozos" com Bon Jovi. Redescobri uma fita dos Mamonas Assassinas e do Skank que ganhei na minha época de axé/sertanejo e não dei muita importância. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Peguei todas minhas fitas sertanejas e regravei em cima com músicas que tocavam na Atlântida (nessa época, era boa). Fui no meu primeiro "show" de rock, da Bandaliera, em uma Festa do Mar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ana Paula, Raquel, Liliane, Charlene e eu, éramos as estranhas da escola. Usávamos camisas de rock, calça velha e All Star, andávamos com revistas pra cima e pra baixo, éramos bem "infantis", mas MUITO felizes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Lá perto dos meus 15 anos, eu estava no BIG com minha mãe, e vi um CD de oferta de uma banda de rock, que eu não conhecia muito, mas como estava "10 pila", pedi para ela. Quando cheguei em casa, identifiquei uma, e pirei com as outras 13. Era o "Conspiracy of One", The Offspring entrando na minha vida. Em 2004 ganhei ingresso pro show deles em Porto Alegre, mas, de novo, a pobre dos inferno, não pude ir pela falta da grana pra passagem (e ah, eu tinha 15 anos =\).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Bom, depois disso, fissurei unica e exclusivamente por Offspring (e Ramones) por uns 4 anos, minhas amigas meio que se foram pro lado do Hard Rock. Também me deixei levar por elas, quando "descobrimos" os festivais. Muitos problemas, "meninas de família", saindo à noite sozinhas, em eventos "não-formais", éramos o terror das mamães (mesmo sendo castas, sem beber álcool ou usar drogas, ligando quando chegava e quando saíamos dos lugares). Shows da extinta DDT, os shows no extinto "Plebe Rude Espaço Underground".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Show do Marky Ramone em Rio Grande, minhas melhores amigas lá, um dos melhores momentos da minha vida. Desculpa, gente, cantei com Duda Calvin! E terminei um namoro de 1 ano e 8 meses =D</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quando entrei para a faculdade de Geografia, me afastei das amigas e dos festivais, fiquei solitária e depressiva, mas o rock sempre mudando minha vida. Conheci, pela Paula e Raquel (e pela extinta "War Machine"), Skid Row, Guns N'Roses (in fact), Aerosmith, Motorhead, AC/DC, Van Halen, entre outras menos importantes (para mim). Tudo muito intenso e rápido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nessa época que o Hard Core entrou na minha vida, através de uma amiga da faculdade que nem rockeira era, que me passou umas duas músicas do Bad Religion. Me afundei nas drogas da internet, participava intensamente de uma comunidade de Punk Rock, onde me divertia pelas madrugadas, mais ou menos quando meu amigo virtual, Paulo Roberto, me apresentou ao Ska-P (que, inclusive, virou objeto da minha monografia de conclusão da graduação).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Depois, com o amor da minha vida, meio que voltei a ouvir Nirvana (como não, cara mais doido por Nirvana, nunca vi), fui, finalmente, ao show da minha ETERNAMENTE FAVORITA The Offspring, passei mal, chorei, cantei, pegamos caronas com uns moleques desconhecidos que, ao chegar no carro deles, decobrimos serem "de posses", hehehe. Conheci coisas diferentes, como Kaiser Chiefs, Strokes, retomei The Hives, Metallica (outro show memorável, pelo lamaçal do Parque Condor em POA e pelos respingos em nossos calcanhares que não sabíamos se era lama pura ou vômito alheio).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Numa idade avançada da vida, decidi que deveria conhecer mais bandas de Hard Core, já que, ora bolas, era o som que mais me empolgava, e descobri Pennywise, aprofundei Dead Kennedys, Agnostic Front, Bad Religion, Bad Religion e Bad Religion. E continuamos aí "na atividade": atividade de velhos, só ouvindo musiquinha no MP3 e com preguiça de saír à noite quando tem algum evento na cidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Agora, nunca nunca posso me esquecer daquele grupinho de amigas que sempre estiveram do meu lado na melhor fase da minha vida e marcam até hoje minhas motivações (mesmo com brigas e rompimentos).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Essa postagem, acaba sendo uma homenagem à juventude, ao Rock e à amizade (e ao meu narcisismo).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">=)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E aqui, uma música que me fez distender um músculo do pescoço ao tentar imitar a banda em um show da New Hell Band, no extinto Plebe Rude Espaço Underground:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzopmhwf361NyZk4OB1ULBXzOoeLcgCY2zIQToUtiNTrYWneVLT4cYLVmP3jtEzFkiJIn1yWZh0Owg' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Débora L. Freitashttp://www.blogger.com/profile/10420360767213211069noreply@blogger.com1