domingo, 28 de fevereiro de 2010

O Objetivo Não É Ser Feliz.

O objetivo não é ser feliz: alcançar objetivos traçados é a conquista da satisfação e felicidade. A felicidade em si é um sentimento, abstrato. É preciso meios concretos pra construir um sentimento. Você não ama uma pessoa se ela não existe ou existiu, então, pra ser feliz você precisa construir os objetos concretos que te façam feliz. A vida e suas escolhas são o caminho, e a felicidade pode ser uma conseqüência, Além disso, todos nós somos capazes de sermos felizes, desde que estejamos abertos a transformações e conscientes das atitudes que moldarão seu percurso.

Escolher quem você será é crucial para decidir se você será feliz ou não. Você deve seguir os parâmetros de vida saudável em sociedade, mas não pode esquecer que você é único. Você precisa adaptar sua moral e seus conceitos de modo que concilie com harmonia uma vida social útil e justa, com uma vida pessoal e emocional em paz consigo mesmo. Discernir o que é crucial do que é opcional, e usar estes termos da maneira mais eficiente para alcançar seus objetivos e ser feliz.

Os objetivos também devem ser traçados de acordo com seus desejos e suas necessidades. Todo mundo, lá no fundo, tem o desejo de fazer alguma coisa. O desafio é transformar essa idéia em objetivo: transformar um desejo em um plano. E adaptar. Se você deseja mudar o mundo mas não pode, você não precisa necessariamente abandonar esse desejo: você precisa adaptá-lo à sua realidade; não é necessário extinguir o desejo de mudança de seus objetivos, e sim adapta-lo para tornar-se alcançável.

E você não pode se basear nos outros, a menos que você identifique na personalidade do outro algo que pode ser significativo POSITIVAMENTE na construção dos seus objetivos. Porque uma pessoa se sente bem comendo chocolate, não significa que é saudável e interessante pra você comer chocolate. Você vai ver a pessoa comendo chocolate e avaliará se comer o chocolate DE FATO lhe trará algo positivo, sempre visando o objetivo imediato de NÃO SE PREJUDICAR. Todo animal “irracional” avalia, fareja, tenta sentir e perceber se aquilo que ele está prestes a fazer ou a comer, porque seu instinto imediato é manter-se vivo. “Objetivo” aqui deriva do instinto de sobreviver, que o ser humano racional definiu ser a razão para sobreviver. Porque o ser humano sabe que vai morrer, e precisa de um objetivo para manter-se vivo e preservar seu instinto de sobrevivência.

Não esqueço da velha resposta do “falar é fácil”. Sei que falar é mais fácil do que praticar, sei de experiência própria. Mas também sei que com vontade e disposição, peito aberto às transformações, somos capazes de rever conceitos, criar objetivos. E também sinto a cada dia que esses objetivos se tornam mais desenhados, e que sem eles minha vida era mais vazia, mesmo sentindo-a ainda vazia no presente. Caminhar a passos lentos, mas caminhar.

Se você já sentiu algo bom na vida, procure reviver por um segundo esse sentimento, e você terá vontade de ser assim de novo, e cada dia que você fraquejar, tenha em mente essa lembrança; se for uma lembrança da infância, não significa que ela não se realizará novamente: a idéia não é reviver aquele passeio no parque de diversões, a idéia é reviver a sensação de se estar em um parque de diversões. Se for um minuto de sua vida, absorva toda a sensação daquele momento e use como vontade para buscar tê-lo cada vez mais, mais perfeito e mais duradouro.

Eu não lembro que trecho ou frase da bíblia eu vi estampado em algum lugar, que eu percebi: a bíblia é um excelente livro de metáforas. Mesmo para quem não crê em um deus, adaptar uma história bíblica, assim como uma letra de música, à sua realidade e aos seus objetivos é uma experiência bastante rica. É uma boa leitura psicológica, dadas suas devidas ressalvas e ter uma boa dose de bom-senso e crítica ao analisar as metáforas. Assim como letras de músicas, como “Long Way to the Promisse Land”, do álbum The New América da banda Bad Religion.

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