quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Muitas faces, muitos pensamentos e muitas contradições.

Uau, esse mês começam os trabalhos, as provas. Menos tempo que nunca pra postar alguma coisa que alguma pessoa possa achar que merece ser lida...

Aliás, eu estava disposta a escrever alguma coisa legal agora, mas sinto uma energia emanando da cozinha, provavelmente vinda da minha mãe, avisando que daqui a pouco ela vai gritar alguma coisa para eu fazer e se, por um acaso do destino, eu estivesse aqui em um momento raro (ou jamais existente) de inspiração, ele seria interrompido para eu ter de concretizar mais um momento do dia-a-dia repetitivo, inútil, infundado, mas que ao menos fará minha mãe não enxer meu saco e passar mais um dia (o terceiro), sem discutir com ela e acabar com um olhar assustadoramente mortal e possuído meu, que dá medo ate em mim quando percebo a intensidade do ódio passageiro.
As pessoas não têm noção do quanto são más, e do quanto de ódio possuem. Elas podem dizer que não, podem viver 95% de suas vidas sem se estressar com as pessoas, mas lá no fundo, elas sentem que seriam capazes de matar meio mundo para acabar com sua sede de rancor. Acredito que no fim da vida, quando elas estão indo, nos ultimos segundos de vida, que acredito que seja possível passar um "flash-back" da sua vida, ela vai sentir o quanto sua vida foi vazia por não ter matado umas cinco pessoas. Mas tudo bem, até que viver até aqui teve seus benefícios. Quer dizer, você viveu pra morrer, mas durante esse tempo você também teve lapsos de euforia que saciou. Mas os de fúria não. O que de certa forma é sensato, pois vivemos numa sociedade em que as pessoas tem de se aturar mutuamente, se não, certamente, você já teria sido morto a muito tempo.
Talvez, no raiz da coisa toda, nós apenas vivemos em sociedade para não nos matarmos tanto. Quer dizer, os cidadãos comuns não se matarem tanto, porque os governos dominantes, esses sim, vão morrer felizes de terem saciado sua fúria com a mãe na infância, matando milhares de civis pelo bem-maior: o petróleo, a sua infinitamente mais inteligente cultura, e por Alá, Deus, Jaev, Jesus e todas essas figurinhas que foram criadas para justificar nossos desvios de conduta social e nossas desgraças. Foram criadas, para não saciarmos nosso desejo de fúria no vizinho, mas apenas pensar "sou infeliz porque Deus quer".
São dois lados difíceis de definir como certos ou errados. Será mesmo que a sociedade seria melhor sem um Deus, sem o medo da cobrança posterior? Claro, não digo que os ateus sejam assassinos em série, mas tomando as verdadeiras proporções da sociedade, a grande maioria não tem acesso ao conhecimento, à sensatez, à razão, então colocam-as todas em Deus. Será que se desiludissemos elas da existência de tal, elas não se rebelariam e acabassem por bombardear todas as suas frustrações, que eram justificadas por Deus, no vizinho?
A questão é que é confortável viver com um Deus, confortável até para os ateus. Pensem bem nisso.

Alguém vai ler?

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