quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Meu espelho

Eu me olho no espelho e nao me reconheço. Mas isso já não me incomoda mais como já incomodou. Hoje eu sei, e tento assimilar, que o mundo e as pessoas mudam, e quando me olho no espelho, nem procuro me reconhecer pra não entrar em crise.
Eu me olho no espelho e vejo uma mulher, com o rosto mais maduro, mas ainda adolescente, uma mistura de sobriedade (é assim?) com um fundo de meninice.
Se eu páro pra pensar no que minha imagem significa, eu não me reconheço. Se eu só olho pra ela e identifico o cabelo penteado e o rosto limpo, tudo ok, saio de casa me sentindo a mesma de sempre.
Eu cresci, e sinto que cresci por dentro também. Mas ao mesmo tempo, sinto pontadas de dores nas cicatrizes desses estiramentos na minha personalidade, nos meus hábitos e atitudes. Ainda não consigo olhar as pessoas transformadas ao meu redor com naturalidade. Enquanto eu ajo automaticamente, sei que também me transformei e não sinto incômodo. Mas quando eu percebo que mudei, me sinto estranha, me enxergo estranha, como enxergo as outras pessoas.
São coisas que eu não sei se vou superar, ou se vou conseguir lidar naturalmente com isso. Sei lá, não quero pensar muito porque sinto uma pontada no peito quando começo a refletir sobre os desafios da vida.
Na verdade, eu queria atualizar o blog e não tinha ideias, mas aí, eu me olhei no espelho e...




quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Apenas uma resposta e nada mais.

Ah, antes de tudo, quero esclarecer que sou uma pessoa absolutamente consciente e que não vive em um mundo paralelo. Fiquei triste, com raiva, mas isso passou graças à memória seletiva dos rivais.


A SAGA DE UM GURI GREMISTA DE 9 ANOS

Em 2014, às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, o guri gremista de 9 anos chega todo eufórico para o jogo contra o São Luiz de Ijuí, pelo Gauchão, única competição que ele viu seu time ganhar até então. Ao entrar no estádio ele se dirige ao pai:
– Pai, porque nosso estádio não tem o distintivo do nosso time?
– É porque... bem... deve ser porque o estádio ainda não é nosso, meu filho... só vai ser nosso quando tu tiveres uns trinta anos.
– Ah, que pena! Por isso que a Copa vai ser no Beira-Rio?
– Não sei direito, deve ser porque na época em que escolheram os estádios a gente ainda não tinha um.
O menino resolveu então mudar de assunto, pois viu que o pai ficou um pouco incomodado. Ainda mais entusiasmado, ele comenta:
– Pai... ontem o meu amigo falou sobre uma vitória heróica do nosso time, uma tal de Batalha dos Aflitos. Como foi isso pai? Foi decisão do Mundial, da Libertadores, Sulamericana, Brasileiro?
– É... hmm... foi final do Brasileiro, meu filho.
– Legal pai... e contra quem foi? Inter, São Paulo, Flamengo, Santos?
– Não filho... na verdade foi pelo Campeonato Brasileiro da 2ª divisão, contra o Clube Náutico Capibaribe, de Pernambuco, estado com grande tradição no futebol brasileiro naquela época. Com isso conseguimos subir para a Série A pela segunda vez!!
– Segunda vez? Então teve outra Batalha dos Aflitos pai?
– Não filho... na outra vez acho que ficamos em nono ou décimo.
– Ué, mas não sobem só 4?
– É que naquele ano a CBF mudou o regulamento para nos dar uma forcinha.
– Ah tá... – sussurrou o guri, meio cabisbaixo.
Ficou calado por alguns segundos e voltou a questionar o pai:
– Mas o Inter já passou por algum fiasco parecido com esse pai?
Aí o pai se encheu de orgulho, estufou o peito e relatou:
– Filho, tu nem sabe... uma vez eles perderam de dois a zero para um tal de Mazembe!
– É mesmo pai? Hahahaha. Que legal!!! Foi pela 2ª divisão do Brasileiro também?
– Não filho... foi pela semi-final do Mundial de Clubes da Fifa, em 2010. Era um time do Congo, campeão do continente africano. Naquele ano o Inter acabou ficando em terceiro ou quarto, nem lembro.
– Bah... que vexame! Nós nunca ficamos em terceiro no Mundial de Clubes da Fifa, né pai?
– Não filho... na última vez que a gente chegou lá, no século passado, quando o pai ainda era guri, só jogavam dois times, um europeu e um sul-americano.
– Mas pai... naquela época o mundo só tinha dois continentes?
– Claro que não meu filho... tinha cinco, como hoje!
– Mas então porque a Fifa não convidava os outros campeões continentais?
– Bem filho... na verdade naquela época não era a Fifa que organizava o torneio... era uma montadora de carros.
– Ah... então nós fomos vice-campeões de um torneio mundial de dois times organizado por uma fábrica de carros?
– É filho... na verdade era um torneio Intercontinental, mas a gente chamava de Mundial... deixa isso prá lá... Olha lá nosso time entrando em campo!!!
– Pai... eu queria um argumento para zoar os meus colegas colorados, mas não consigo. Eles têm mais sócios, nos venceram mais vezes, têm estádio próprio e já ganharam todos os títulos importantes que nós já ganhamos. Como eu posso tirar sarro deles então?
– Ah... sei lá... diz que ganhamos o primeiro Gre-nal por 10 a 0.
– Isso... legal pai... pelo menos tenho uma coisa para falar!!! Tu chegaste a ver esse jogo pai?
– Não filho... mas o pai do teu bisavô viu!
Depois dessa o guri resolveu ficar quieto, assistiu o jogo e no final saiu vibrando com a conquista de uma vaga para a final do Gauchão, pois desde pequeno se acostumou a ver o pai comemorando vagas ao invés de títulos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Phutilidades

Ahhh, estou de férias!
Então, vou escrever no blog sobre o que me deixou viciada: esmaltes.

Comecei a pintar as unhas por incentivo do namorado, ele dizia "tens a pele tão branquinha, fica lindo de esmalte vermelho". Aí veio o vermelho: custei a achar um vermelho que eu achasse legal, até que encontrei o Entardecer da Colorama. Na verdade, não curtia muito pintar as unhas porque o esmalte durava quase nada mesmo na minha unha, não tinha saco de pintar com esmalte cremoso e é dificil achar um cintilante que nao seja muito chamativo.
Então, descobri, junto com o Entardecer, o tal Verniz&Cor, e aí foi só alegria.
De uns meses pra cá, comecei a arriscar um pouco mais nas cores, sair do vermelho e das cores claras, e então comprei o Hippie Chic da Colorama que AMO, mas a cor desbota da unha =( Mesmo assim, sigo usando, e hoje fazem 3 dias que estou com ele.
Comprei outros, patati, patata, e ontem comprei o Coral Chic e Absinto, Colorama também. Sabe, passei a comprar só marcas notoriamente boas, tipo Colorama, Risqué e Impala, mas reparei hoje que mais da metade dos esmaltes que eu tenho são da Colorama, o que não é muito, pois só tenho 20, e mesmo com a tendência feminina de exagerar em quantidades, me controlo por motivos financeiros, paciência e também porque tenho uma tendência maior à bipolaridade e amanhã posso passar a detestar esmaltes, aheiuaheiuaheiuae...
Agora pretendo cuidar mais das cutículas, sem muita bichice de hidratação todo o dia, patati, patata. Só cuidar mais na hora de tirar, pretendo comprar um amolecedor de cutículas baratinho da Risqué que vi por aí.
Foi namorando que devagarinho fui me tornando mais vaidosa, mas ainda não consigo conviver estavelmente com as minhas mudanças. Mas dane-se, ficar com as unhas bonitas é o que há. Ahhhhh, também comecei a pintar mais as unhas porque estava trabalhando em um local paradão que eu não tinha nada pra fazer e ficava cuidando das unhas. Mas agora, vou para um ponto mais movimentado e não sei se vou conseguir manter a regularidade nas esmaltadas.

É isso, então. Jamais imaginei que conseguiria escrever um post tão naturalmente sobre essas coisas de "mulherzinha", hahahaha...




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