segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Rio Grande não deve ser apenas a "cidade histórica"

No primeiro dia útil da tarifa de R$2,60 já se registrou o descaso com o usuário do transporte coletivo em Rio Grande. Na linha P15, Quinta-Centro, o ônibus das 12h30 que "costuma" passar na frente da escola Lilia Neves entre 12h40, 12h45, não passou no horário. A cada minuto a parada enchia mais, somando passageiros das 12h30 e das 13h. Quando já eram 13h05 chegaram os dois ônibus juntos, e o carro das 12h30 passou direto, sem parar, e com lugares disponíveis, sendo que o ônibus das 13h que parou preencheu todas as suas poltronas já naquela parada.
A justificativa geralmente alegada por motoristas, cobradores e responsáveis pela empresa (única que vence licitações do transporte público na cidade) é de que o ônibus precisa cumprir o horário. Mas aí eu me pergunto, a serviço de quem, ou de quê, está a empresa? De que adianta o ônibus chegar no horário no "terminal" da praça Tamandaré se deixou seus usuários perdidos pelo meio do caminho? Ficamos mais de meia hora na parada, com compromissos marcados, para o ônibus passar sem parar por ter de cumprir o seu horário? A empresa trabalha para si, para suas estatísticas, porque para os cidadãos que não chegaram no seu horário, não é.
Outra coisa que acontece muito são os atrasos nos horários depois das 19h. Se alega que o problema vêm do congestionamento da "estação de integração" Junção. Ora, se já se sabe, por uma falha de infraestrutura da cidade, que o ônibus não vai cumprir, nunca cumpre, o horário da tabela naquele período, que mudem o horário da tabela. Eu já cheguei a ficar uma hora na parada esperando um ônibus que nunca veio, porque é o que eles fazem. Se atrasa, se estraga um ônibus, "que se danem! que peguem o próximo lotado".
Quando houveram protestos sobre o aumento da tarifa de ônibus, os motoristas e cobradores se enchiam de orgulho em colocar a culpa do atraso nos manifestantes, livrando-se da incompetência da empresa em que trabalham, e do governo o qual se deleitam em juras de amor eterno. Mas todos os santos e não santos dias, o trecho da "estação de integração" da Junção gera desconforto na cidade pela sua má estrutura. Também, não deve se negar, à incompreensão eterna do rio-grandino para com as leis de trânsito, mas de qualquer maneira, aqueles abrigos e aquela faixa de pedestre não podem ser chamados de integração, em uma cidade que se diz em franca expansão.
O fato é que qualquer um pode concluir que Rio Grande é mal administrada. Não existem profissionais competentes regendo as secretarias municipais, por isso tudo vira uma baderna, é a "leva" das sinaleiras, agora a leva das rotatórias. O governo gasta mais dinheiro regando florzinha do que cuidando de gente, e mais tempo quebrando asfalto recém colocado em prol de alguma obra que devia ter sido feita antes da pavimentação, do que investe em profissionais que pensem e planejem antes de agir.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Linguiça.

Ontem eu "estudei" bastante pro concurso: terminei de ler a LDB. Aí, não me lembro exatamente que horas, me deu uma vontade de escrever no blog... mas vontade só, não basta, tem que ter assunto. Acho que naquele instante, eu até tinha um assunto, mas deixei passar, talvez pelo calor que estimulou minha preguiça de levantar do meu descanso pra escrever.
Hoje eu resolvi tentar enquadrar meu TCC nas normas de algumas revistas de Geografia. Fiz primeiro para a Terra Livre, que aceita artigos de até 30 páginas, então só tive de mutilar umas 10. Mas acho difícil uma revista de qualis A, então outra hora vou mutilar ele em mais 10 páginas pra tentar publicar na "Para Onde?", que é qualis B. 
Depois que eu formatei o trabalho pra Terra Livre, se foi embora minha vontade de estudar, se bem que a necessidade é gritante. Já que estou desempregada com tempo livre, tenho que aproveitar pra correr atrás de deixar um milhão de coisas diferentes prontas: dar jeito de publicar o tal TCC (sempre mutilado), estudar pro concurso, dar substância a duas propostas de mestrado, uma para tentar nas educações e outra pra tentar na Geografia. Tô mais perdida na da Geografia, a pesar de ser a seleção mais fácil de passar, mas parece que os meus interesses não são acolhidos nos eixos temáticos do programa, então tenho de me adaptar.
Só que quando a gente quer fazer muita coisa, acaba por fazer nada direito, e quando eu sinto que não vou fazer algo direito, não faço. Daí que fiquei mais de um mês de desemprego enganando a mim mesma.
Meu desemprego... quer dizer, associo a culpa ao desemprego, mas eu nunca entendo o que me controla. Supondo que seja o desemprego, ele me fez perder a vontade de produzir e até mesmo de me distrair. Nem os livros que me interessavam, não tenho mais ânimo de ler. Os assuntos que me intrigavam perderam a graça.
Mas, por outro lado, quando eu arrumar um emprego, se não for na área da educação, fatalmente vou me bitolar e, de qualquer jeito, os livros que eu gostava não vou gostar mais, os assuntos que me interessavam não vão interessar mais. Primeiro, pela falta de tempo do comércio. O mês que trabalhei de caixa operadora, eu saía de casa as 8h30 d voltava as 21h. Segundo, pelas companhias. É inevitável a gente não acabar se inteirando de quem são os piores lixos que fazem sucesso nas rádios. O pior de tudo são os colegas te olhando torto quando você diz que gosta de rock. Terceiro... ah, deve ter um terceiro, mas como depressão mata, vou parando por aqui.
Caramba, mas eu gosto de rock, é a única coisa que me anima. 
Mas chega de encher linguiça, e tchau pra vocês.
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