quinta-feira, 25 de abril de 2013

Falam sempre os senhores(as) da razão

Falam sempre os senhores(as) da razão. 
Nem vale à pena discutir quando as pessoas se tem como superiores, superficialmente, pelo "seu" modo de pensar e/ou agir.

Sempre encontram uma justificativa que os façam se sentir maiores ou melhores que os outros. Sinto um misto de pena, raiva e outros sentimentos indefinidos de pessoas que usam de uma suposta superioridade (intelectual, psíquica ou financeira) para diminuir o próximo. Pior ainda quando o próximo é, de fato, próximo.

Mas, temos que aprender a engolir isso, não é mesmo, mundo?!

Temos que aceitar que as pessoas sejam assim, e procurar o lado bom nelas, mesmo que essas impressões negativas sejam intensas, precisamos buscar algo em que acreditar. Eu SEMPRE me decepciono, mas tenho aprendido aos poucos a controlar a minha frustração e passar por cima desses meus sentimentos de justiça e humildade (afinal, não é essa a prioridade no mundo social) para conseguir conviver com as pessoas sem me sentir tão mal.

Fobia social sendo amenizada.



sexta-feira, 12 de abril de 2013



Diretor enfia a mão dentro do vestido de Nicole Bahls durante entrevista


A notícia acima tem sido a base das ultimas discussões sobre machismo e a cultura do estupro nas redes sociais.

O cara mete a mão numa mulher, absurdo.
Mas o absurdo já começa quando esse mesma mulher, e outras, vendem a figura feminina todos os dias na TV como fantoche sexual.

Só vi compartilhamentos fazendo crítica a esse tal de Gerald Thomas, que estão corretíssimas em sua indignação, mas não consigo deixar passar que a mulher, essa mulher, essas mulheres, contribuem substancialmente para essa cultura machista. Entendam, o problema não é a roupa que ela usa, é o fato de que ela é paga para fazer exatamente o que é a essência da crítica das postagens que eu vi: o trabalho dela é expor a mulher ao papel de objeto sexual no espaço de mídia de massas - a TV.

Desculpa, mas essa "cultura do estupro" é uma construção social deprimente, mas coletiva. Se não houvessem mulheres dispostas a serem esses objetos sexuais, não por se vestirem com roupas sensuais, mas por, descaradamente, exibirem seus corpos e sua sexualidade como mercadoria, ou pior, expor seu corpo e sua sexualidade como objeto, descartando o fato de mulheres serem sujeitos, seria muito mais difícil estabelecer esse comportamento coletivo, subentendido e quase automático da sociedade de ver e usar da mulher como brinquedo sexual.
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