sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Jornal da Globo e Hugo Chávez


Depois da única reportagem decente sbre a Venezuaela que vi até hoje na Globo, da Délis Ortiz no Jornal da Globo (10/01/13), numa transmissão neutra sobre como foi o dia que seria a posse do quarto mandato de Hugo Chávez, impossibilitado de assumir por doença, mas que o povo foi às ruas em festa celebrar a "posse do povo", Arnaldo Jabor surge com seu comentário infeliz típico de transmissão manipuladora da Globo.
Diz que o povo venezuelano aprova com alegria uma "ditadura", além de informar alguns dados surreais sobre a situação política da Venezuela.Disse, dentre isso, que tem não sei quantosmil cubanos lá pra cuidar do petróleo quando Chávez morrer. Longe de eu acredtar nisso, mas tenho absoluta certeza de que se fossem os EUA tomando essa atitude, não seria passível de crítica pela mídia reacionária e rica do Brasil. 
Os EUA estão em muitos países, só pra citar, Israel, e recentemente na Líbia, demarcando território, se apossando e salvaguardando bens em troca de acordos políticos e econômicos, apoiando ditaduras. Essas, nunca desejadas pelo povo submetido a elas. Omissos, certamente, mas nunca apoiadas.
Já gostei muito da opinião do Arnaldo Jabor, mas é deprimente que, em se tratando de política e economia, seus comentários destoem de coerência; o seu pavor a sistemas ou regimes, como queiram se referir, que vão contra à ideologia da sua conta bancária.
Em pensar que, semanas atrás, destilava ironia e crítica ao falar do exílio de Gerard Depardieu... Provavelmente deve ser outro que quando apertar no seu bolso irá correndo se munir de estratégias para fugir de pagar a conta aos pobres.


Talvez queiram dizer que o apoio do povo não quer dizer que seja bom, fazendo analogias ao fascismo/nazismo. Mas se vamos comparar a situação político-econômica de hoje com a de 70 anos atrás, vamos nos contextualizar pra não tornar a discussão cansativa:
Em 1940, países do "terceiro mundo" não existiam, só serviam para serem sugados e seus governos eram geralmente de lacaios dos Europeus e Norte-Americanos ricos. Em 1940, Mussolini e Hitler tinham sua política nacionalista, mas ainda eram os ricos querendo ferrar com os pobres e os outros ricos. Hitler, por exemplo, foi, sem sobra de dúvida, um doente. O povo, italiano e alemão, em questão, estava desgastado por umaguerra e privações políticas e econômicas a que estavam "desacostumados". Um recesso econômico que pegou a classe media e o poder político de imediato.

Em 2012/13, os países do "terceiro mundo" estão se levantando de séculos de exploração e genocídio pelos povos Europeus e Norte-Americanos ricos, e o povo, querendo a mídia ou não, colocou no poder, em vários países da América Latina, governos socialistas no poder. Chavez e Morales têm suas políticas nacionalistas, mas o que eles fazem?? Eles mantêm suas riquezas em seus países, priorizam a economia interna, a população (ah, é isso que desagrada, então, mais do que qualquer outra coisa: as barreiras impostas aos ricos ao acesso a produtos nacionais). Agora, são os países pobres que estão se levantando e querendo ferrar com os ricos que os exploraram por décadas. Oh, que injusto. 
O povo latino-americano, não está carente de identidade, pelo contrário, sempre teve sua identidade com orgulho, mesmo que dilacerada pelos genocídios indígenas impostas por espanhóis, portugueses, etc. etc. O povo latino-americano quer mesmo é revanche, quer, agora que tem governos ao seu lado, manter as riquezas materiais e culturais que ainda os restam.

Agora, ainda quer comparar a "empatia" de Hitler com a de Hugo Chávez??


Link da reportagem:

Link do comentário:



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Pessoas inconvenientes

Deixar ou não deixar de gostar/admirar as pessoas por elas se sentirem donas da verdade por terem engolido livros, conseguido um diploma universitário e por isso se sentirem no direito de cortar opiniões superficiais sobre assuntos?? É quase como dizer "não pense sobre isso, o que eu estou dizendo é a verdade absoluta e você não pode ir contra isso, porque você não leu os 330 livros que eu li" (leitura é fundamental, mas ninguém é melhor ou mais importante que alguém porque possui mais informações sobre determinado assunto. É o mesmo tipo de desrespeito à inteligência, que já citei anteriormente, que os jornalistas cometem ao deturpar a informação para ser mais "compreensível" à população: eu sei, então o que eu sei é o que eles devem saber).

Estava justamente hoje conversando com uma jovem (como eu) colega professora na escola sobre o quanto é inconveniente, chato, egocêntrico e dispensável a pessoa se formar na sua área e sair apontando o dedo pra cada um que não possui uma faculdade de cada área pra ser fluente em absolutamente todos os assuntos.
É como um geógrafo dar pitchí a cada rocha chamada de pedra, um licenciado em Português corrigir todas as faltas de plurais em uma conversa, etc.
Mas agora, eu vou ficar "queimando a mufa" pra conscientizar do inconveniente? Pra que mudem de atitude? Eu não, sejam felizes com suas verdades acadêmicas/literárias/históricas/políticas/educacionais (...) absolutas.


Procurei imagem, mas não encontrei...
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