quarta-feira, 25 de outubro de 2006

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Ó hein...

Tá chegando o verão... o natal (61 dias hein - contando hoje 25/10)... a maior idade...
E tudo volta sempre como todos os outros anos. Às vezes pior, outras vezes pior, mas sempre chega com o mesmo clima.
Quando eu era criança na escola, eu não gostava de férias porque ninguém me procurava pra brincar nesse período. Na adolescência, eu passei a gostar um pouco mais de férias. Tinham festas, praia e torta fria. Agora (opa, eu ainda sou uma adolescente), qualquer período do ano é igual, repetitivo. Mais 3 ou 4 meses sentada na frente de casa olhando os carros passarem, esperar uma alma caridosa me convidar pra alguma coisa, juntar o dinheiro que não tenho pra pegar dois ônibus de ida e dois de volta pra ir à praia quando a família não vai.
Só que este ano, este fim de ano, eu sinto que as coisas vão ser mais solitárias ainda. Eu achava que terminar uma coisa aqui, começar outra ali, ia fazer minha vida dar um salto, ia fazer com que eu aproveitasse mais. Mas como tudo passa (e comigo parece que passa mais rápido ainda), tudo volta ao de sempre, com um diferencial aqui, outro ali, mas sempre depois que acaba a fase de novidade, fico eu aqui, esquecida, pensando no que mudar dessa vez pra que eu "aproveite" a vida.
Tudo é um engano, mas os humanos gostam de se enganar. Eu gosto de me enganar. Eu acho que engano é o combustível pra vida. Temos que acreditar em coisas de papel pra conseguirmos passar cada dia sem acabar a tal da "esperança". Temos que nos enganar pra depois dizer "ainda bem que eu caí na real e saí fora". Se não fossem esses enganos, seria tudo perfeito. E ser perfeito é muito chato. E quem é perfeito, é porque não tem mais nada o que fazer aqui.
Eu não acredito que estou escrevendo isso. Pela primeira vez, começo a escrever um texto que não vai acabar tão pessimista assim. - acredite, este texto não é pessimista-
A solução deve ser virar uma pessoa normal. Todas as pessoas que admiro, que confio, que acredito, todas elas, concordam com as lógicas que acredito, mas nenhuma delas se prende a ser como "deve ser". Eu não vou mais ser a "semi-depressiva", a inconformada, a que "pensa certo", só pra olharem pra mim e disserem "bah que legal isso que ela diz", depositarem em mim a "esperança" de que minha linha de pensamento é certa, de que devo ser como eu sou, e depois disso todos se divertem, se ferram, não pensam nessas coisas, no futuro, no presente, não lembram do passado e são felizes. E me incentivam a continuar a ser o que sou, a pensar o que penso, a me confundir, a largar a faculdade porque as teorias e aulas estavam de deixando cada vez mais indignada. Todos acham o máximo, mas quero ver se algum deles largaria tudo o que conquistou pra continuar com teorias e mais teorias sobre o mundo, sem ganhar nada em nenhum aspecto. Sem dinheiro, sem diversões, sem amores, sem auto-estima, sem coragem, sem vida.
Tá chegando o verão. Ó hein... é época de diversão. É. Quero ver se alguma das pessoas que amo e que acredito me amarem vão se importar em me tirar dessa vida de teorias. Ah claro, desculpem. Eles têm que aproveitar a vida deles. Se eu não quero, eles não podem fazer nada.
Alguém se importa mesmo em perguntar?
Alguém se importa mesmo se eu quero ou não continuar?
Ah desculpem, suas vidas e suas garrafas de cervejas estão esperando.

domingo, 15 de outubro de 2006

Pra agora, é essa aí...

Eu acordei no outro dia
e vi que o meu mundo mudou
o passado terminou
mas o amanhã é um pensamento desejoso
não posso parar o que está sendo feito
não posso me agarrar ao que virá
e eu só gostaria que eu pudesse parar, mas

A vida continua
amadureça
não fique remoendo
vire a página
O tempo passa
enxugue estes olhos
o passado ri
o futuro chora


Memórias são agridoces
os bons tempos não podemos repetir
aqueles dias se foram e nós nunca os teremos de volta
agora nós devemos seguir em frente
apesar do medo e do receio
nós só queríamos poder parar, mas

Com todas nossas alegrias e medos
presos nos anos esquecidos
o passado está rindo
enquanto o presente se vai
O tempo não aguenta o que nós fizemos
Porque é um outro dia
e eu só gostaria que nós pudéssemos parar


" Can't Repeat" (tradução) - The Offspring


domingo, 8 de outubro de 2006

Após ter lido “ A punk Manifest”, de Greg Graffin



"É triste conhecer a situação do mundo, e a maior parte dos seres humanos ignorarem esta realidade. A verdade está mesmo escondida atrás dos cérebros inutilizados e dominados. Não culpo os “governantes atuais” por isto. Este foi um processo longo e quem sabe, até os poderosos foram manipulados pela situação imposta desde os primórdios, e não conseguem abrir a mente e entender para onde a falta de uso cerebral está nos levando.
Graffin expressa no texto citado no começo, grande parte das questões que conturbam meus pensamentos, que muitos classificam de vazios, por não conterem expressões matemáticas e processos químicos decorados. Impressionei-me com as letras das canções do Bad Religion e tomei um esforço de pesquisar a respeito das idéias de Greg Graffin e me interessei, porém, admito ser “acomodada”, deixei de lado.
Acho bastante interessante e inteligente as ideologias do Punk. Mas alguns pequenos fatos que venho presenciando, me fizeram pesquisar e analisar o que é Punk e o que é ser punk.
Sem nenhum conhecimento concreto do que são os princípios do verdadeiro Punk, o que nos leva a ser punks ou o que seriam atitudes punks, criei uma opinião própria a respeito do vandalismo de pseudo-punks e dos breves conceitos populares que encontrei do Punk. Coisas como “aparência suja, roupas pretas” e violência. Além do fato de ser discriminada em comunidades “punks” por não ser como os integrantes, não agir como eles, pensar diferente deles e eu tentar viver (com bastante esforço) normalmente na sociedade. Passei várias horas dos meus dias com essa idéia na cabeça: “movimento Punk não está ligado à quebra de regras? A abrir os olhos da humanidade e tentar mostrá-los a verdade? A serem seres relativamente sociáveis para conseguirem compreensão geral, sem perder seus conceitos? Será que ser punk é fazer um moicano, usar roupas diferentes e sair por aí quebrando e gritando ‘viva a anarquia’ e discriminar pessoas com diferentes opiniões?”.
Diante destes primeiros questionamentos, me desiludi com a ideologia Punk. São mais um bando de sem cérebro que acham que são maiores por supostamente contrariar a sociedade. Quase achei melhor cair no mundo e aceitar tudo sem pensar. Talvez seja possível aceitar, tento este termo como forma superficial, aparente. Viver e colaborar com o sistema apenas porque é necessário, porque não podemos ir para Júpiter e criar uma nova sociedade, livre de padrões, regras e mentes manipuladas. Mas dentro de si, ter consciência mental de que enxergamos a verdade e que fazemos o possível para que nos entendam.
“Punk” é apenas um termo usado para designar as pessoas que não deglutem as informações e idéias estabelecidas, e têm capacidade de entender e encontrar as falhas da humanidade. Infelizmente, como qualquer movimento ou pequena sociedade que se torna conhecida, em qualquer espaço de tempo (grande ou curto) é mastigado em forma de informação viável, padronizado pela sociedade para serem “mais um”. Com esta situação, em relação ao Punk, mais manipulados são os que aceitam o status de “bandidos sujos e violentos”, distorcido pela rede de meios de comunicação.
Depois da leitura de “A Punk Manifest”, tomei conhecimento de que toda a idéia que eu mantinha em minha mente, ainda muito difusa e sem bases, não era tão erronia. Minhas indagações do que era realmente ser punk e meu conceito criado sem nenhuma fonte, faziam sentido. Minha crença de que o Punk (sem regras) era o modo do ser humano refletir e pensar, que ser punk estava no interior, nos idéias. Esta minha crença que foi atingida pelas visões de vandalismo que meus mais profundos amigos designaram “punk”, e que todo o resto do pequeno meio que convivo, também a consideravam.
Agora com um pequeno alicerce, volto a acreditar que o Punk é feito de pessoas que sabem, quem entendem o que está errado, que pensam antes de se afundarem e enquadrando-se no lugar no sistema. Se mostrar punk, é ser capaz de conviver e dialogar com pessoas de idéias diferentes, É provar superioridade, mostrando que somos capazes de trabalhar no meio de um mundo adverso, capazes de revidar com as mesmas armas racionais, É conseguirmos não sermos influenciados pela pressão social que impõe o que eles querem que sejamos. Mostrarmos inteligentes o suficiente para que a humanidade abra os olhos e enxerguem e acreditem na verdade. Verdade que está oculta dentro de todos nós e que talvez até os verdadeiros punks ainda não sabem representa-la. Mas entendem que ela existe.
O progresso “final” do pensamento Punk é uma idéia muito utópica, pois é quase impossível abrir os olhos de milhões de seres humanos limitados pela alienação, seres involuntariamente adaptados. Alerta-los de que eles são mais que peças, antes disso, mais difícil ainda é convence-los de que SÃO peças, porque, ao que me parece, é da natureza humana se sentir pensante, sem ao menos perceber que há muito mais a se preocupar do que com pagar as contas.
O que digo não é “não coma e morra de fome, mas pense”. Digo que é necessário se submeter ao sistema mundial, mas não somos obrigados a realmente acreditar nas formas impostas. Precisamos raciocinar para um dia conseguirmos trair com sucesso, esta sociedade que tanto coloca em prova nossa capacidade e que tento subestima nossos pensamentos. Precisamos fazer por merecer.
Quanto aos pseudo-punks, eles não conseguirão denegrir mais ainda nossa imagem diante do cenário mundial. Eu prefiro ficar sem o rótulo “punk”, do que ser vista como mais uma encaixada em seu posto.


12 de setembro de 2006.
15h 49 min."
Link da tradução do texto de Gregory Graffin:

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Axzxzghzjxgyzhxgz...


Eu estou feliz nos últimos dias. Eu tenho consciência de que essa felicidade vai acabar mais rápido do que eu imagino. É...
Tenho problemas a resolver. Não seriam problemas se eu não me importasse tanto com o bem estar dos outros. Mais do que com o que eu quero ou não.
Mas eu preciso parar com isso, eu preciso administrar a minha vida pensando mais em mim. Já pensei demais nos outros e perdi muito tempo.
Eu vou conseguir. É complicado, porque minha perspectiva de vida muda muito rápido. Minhas certezas e vontades são diferentes a cada dia.
Agora a mala da mãe tá me chamando.
Um dia eu posto algum texto "inteligente" pros que gostam de perder tempo entrando nesse blog.
Adios!




Porque meus ouvidos estão desfruatando nesse momento "California Uber Alles"

domingo, 1 de outubro de 2006

Tô a 1 mês sem atualizar, eu acho. Não tenho tido criatividade e tempo pra postar algo decente, então é melhor ficar sem postar do que postar coisas sem nexo, ou só um "como foi meu dia. Quando o dia é excepcional, eu até divulgo, mas ultimamente a monotonia e dúvidas tomam conta.
Aeh, tô postando mesmo só porque o William me encheu o saco e um dia depois brigou comigo.
Vai te catar, chato.
Bruno e Marrone? Andas te superando... oO

Depois das ofensas pessoais, obrigado aos demais que comparecem aqui. Outro dia eu posto algo mais produtivo (ounão)

Adios!
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