quinta-feira, 29 de março de 2007

É, meu chão se abriu denovo.
Não sei porque eu cismo em acreditar que tenho um.
=/

sábado, 24 de março de 2007

The meaning of life.

Um dos grandes problemas da maioria das pessoas é sempre esquecer que não é só na Física ou na Química que toda a ação tem sua reação.
Todos sempre fazem as coisas sem se lembrar (ou até mesmo subestimar) que os outros também têm capacidade de fazer as mesmas coisas, de cometer os mesmos erros e de ter os mesmos interesses. Todos agem sempre idividualmene, ignorando a existência de outras pessoas que estão sujeitas a ver e ouvir e que também são egoístas quando têm seus impulsos.
Impulsos não são controlados, mas suas conseqüências, muitas vezes, podem ser amenizadas. Um pedido de desculpas ou compreensão alheia são geralmente atitudes nobres, de grande valia. Nem sempre há nobreza em ambas as partes. Geralmente, uma admissão de erro não é levada ao mesmo nível humano pela vítima do que o errado, arrependido. Sempre antes de tudo vem um enorme sermão de um vencedor e depois um “ok, tudo bem”.

É terrível o fato de como o egocentrismo humano consegue derrubar momentos felizes, destruir as visões que criamos das pessoas.


Vamos todos viver nossas vidas, acreditarmos na capacidade cerebral de cada um, e fazer por merecer as gentilezas da vida.
Vamos educar nossos filhos com bom senso e coragem, com autonomia e personalidade.
Vamos deixar que eles aprendam com as pedras nos próprios caminhos.
Vamos esquecer que um dia tropeçamos, pos já deixamos de lado esses obstáculos.
Vamos fazer com que as crianças tenham chances de realmente crescerem, de serem melhores que nós.
Parem de ter medo, de ter inveja antecipada das mentes recém nascidas.
Parem de olharem o mundo como se todos vivessem a sua vida, como se todos tivesses seus princípios e sentimentos.
Deixe-me traçar meu caminho.
Deixe-nos traçarmos nossos caminhos.
Dê-nos a oportunidade de chutarmos pro lado as pedras em nossas vidas.
Deixe-nos sentirmos orgulho de termos superado um desafio, termos orgulho de levantar de um tombo.
Deixe que Deus, ou qualquer outra foca que exista, nos leve para onde devemos ir.
Você não é Deus, você não vai controlar nossas vidas por toda a eternidade.
Vamos viver atrás de sua vida, e quando não estiver mais aqui, iremos definhar até apagar-mos sem jamais termos tido brilho?
Esse é o objetivo?
Jogarmos no lixo a provável única oportunidade de sermos alguém?
Alguém não apenas com nome, identidade registrada, emprego e qualificação profissional.
Sim, alguém que tenho vida, alguém que tenha um passado único, um passado exclusivo, com enganos e acertos que só nós pudemos ter.
Sim, isso é o que vale à pena.
Sermos humanos diferentes, com exclusividade.
Não quero acabar como você, não quero me arriscar somente no final da vida, quando não há mais como buscar um revigoramento.
Quero sofrer agora, quero ter dúvidas agora, quero esclarecê-las agora.
Quero errar agora, para ter tempo de corrigir.
Quero viver.
Quero viver agora, para não morrer sem nunca ter tido uma vida.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Sobre moluscos e homens

Rubem Alves



Piaget, antes de se dedicar aos estudos da psicologia da aprendizagem, fazia pesquisas sobre os moluscos dos lagos da Suíça. Os moluscos são animais fascinantes. Dotados de corpos moles, seriam petiscos deliciosos para os seres vorazes que habitam as profundezas das águas e há muito teriam desaparecido se não fossem dotados de uma inteligência extraordinária. Sua inteligência se revela no artifício que inventaram para não se tornarem comida dos gulosos: constróem conchas duras – e lindas! - que os protegem da fome dos predadores. Ignoro detalhes da biografia de Piaget e não sei o que o levou a abandonar seu interesse pelos moluscos e a se voltar para a psicologia da aprendizagem dos humanos. Não sabendo, tive de imaginar. E foi imaginando que pensei que Piaget não mudou o seu foco de interesse. Continuou interessado nos moluscos. Só que passou a concentrar sua atenção num tipo específico de molusco chamado “homem“. Se é que você não sabe, digo-lhe que muito nos parecemos com eles: nós, homens, somos animais de corpo mole, indefesos, soltos numa natureza cheia de predadores. Comparados com os outros animais nossos corpos são totalmente inadequados à luta pela vida. Vejam os animais. Eles dispõem apenas do seu corpo para viver. E o seu corpo lhes basta. Seus corpos são ferramentas maravilhosas: cavam, voam, correm, orientam-se, saltam, cortam, mordem, rasgam, tecem, constróem, nadam, disfarçam-se, comem, reproduzem-se. Nós, se abandonados na natureza apenas com o nosso corpo, teríamos vida muito curta. A natureza nos pregou uma peça: deixou-nos, como herança, um corpo molengão e inadequado que, sozinho, não é capaz de resolver os problemas vitais que temos de enfrentar. Mas, como diz o ditado, “é a necessidade que faz o sapo pular“. E digo: é a necessidade que faz o homem pensar. Da nossa fraqueza surgiu a nossa força, o pensamento. Parece-me, então, que Piaget, provocado pelos moluscos, concluiu que o conhecimento é a concha que construímos a fim de sobreviver. O desenvolvimento do pensamento, mais que um simples processo lógico, desenvolve-se em resposta a desafios vitais. Sem o desafio da vida o pensamento fica a dormir... O pensamento se desenvolve como ferramenta para construirmos as conchas que a natureza não nos deu.O corpo aprende para viver. É isso que dá sentido ao conhecimento. O que se aprende são ferramentas, possibilidades de poder. O corpo não aprende por aprender. Aprender por aprender é estupidez. Somente os idiotas aprendem coisas para as quais eles não têm uso. Somente os idiotas armazenam na sua memória ferramentas para as quais não têm uso. É o desafio vital que excita o pensamento. E nisso o pensamento se parece com o pênis. Não é por acidente que os escritos bíblicos dão ao ato sexual o nome de “conhecimento“... Sem excitação a inteligência permanece pendente, flácida, inútil, boba, impotente. Alguns há que, diante dessa inteligência flácida, rotulam o aluno de “burrinho“... Não, ele não é burrinho. Ele é inteligente. E sua inteligência se revela precisamente no ato de recusar-se a ficar excitada por algo que não é vital. Ao contrário, quando o objeto a excita, a inteligência se ergue, desejosa de penetrar no objeto que ela deseja possuir.Os ditos “programas“ escolares se baseiam no pressuposto de que os conhecimentos podem ser aprendidos numa ordem lógica predeterminada. Ou seja: ignoram que a aprendizagem só acontece em resposta aos desafios vitais que estão acontecendo no momento (insisto nessa expressão “no momento“ – a vida só acontece “no momento“) da vida do estudante. Isso explicaria o fracasso das nossas escolas. Explicaria também o sofrimento dos alunos. Explicaria a sua justa recusa em aprender. Explicaria sua alegria ao saber que a professora ficou doente e vai faltar... Recordo a denúncia de Bruno Bettelheim contra a escola: “Fui forçado (!) a estudar o que os professores haviam decidido o que eu deveria aprender – e aprender à sua maneira...“ Não há pedagogia ou didática que seja capaz de dar vida a um conhecimento morto. Somente os necrófilos se excitam diante de cadáveres.Acontece, então, o esquecimento: o supostamente aprendido é esquecido. Não por memória fraca. Esquecido porque a memória é inteligente. A memória não carrega conhecimentos que não fazem sentido e não podem ser usados. Ela funciona como um escorredor de macarrão. Um escorredor de macarrão tem a função de deixar passar o inútil e guardar o útil e prazeroso. Se foi esquecido é porque não fazia sentido. Por isso acho inúteis os exames oficiais (inclusive os vestibulares) que se fazem para avaliar a qualidade do ensino. Eles produzem resultados mentirosos por serem realizados no momento em que a água ainda não escorreu. Eles só diriam a verdade se fossem feitos muito tempo depois, depois do esquecimento haver feito o seu trabalho. O aprendido é aquilo que fica depois que tudo foi esquecido... Vestibulares: tanto esforço, tanto sofrimento, tanto dinheiro, tanta violência à inteligência... O que sobra no escorredor de macarrão, depois de transcorridos dois meses? O que restou no seu escorredor de macarrão de tudo o que você teve de aprender? Duvido que os professores de cursinhos passem nos vestibulares. Duvido que um professor especialista em português se saia bem em matemática, física, química e biologia... Eles também esqueceram. Duvido que os professores universitários passem nos vestibulares. Eu não passaria. Então, por que essa violência que se faz sobre os estudantes?Ah! Piaget! Que fizeram com o seu saber? Que fizeram com a sua sabedoria? É preciso que os educadores voltem a aprender com os moluscos...
Publicado em Folha de S. Paulo, Tendências e Debates, 17/02/2002

sexta-feira, 16 de março de 2007

Eu não acredito que vou cair nessa denovo.
Não acredito.
Simplesmente me odeio muito por me fazer feliz por ilusões.
Simplesmente tinha posto na cabeça aparentemente definitivamente que isso não ia mais acontecer, que eu não ia mais pensar isso, pelo menos dessa forma.
E agora estou eu aqui, mais uma vez, criando uma vida que nunca vou ter, idealizando encontros e experiências que são total utopia diante do pouco tempo que se transcorreu.
Estou mais uma vez caindo encantada pela atenção que pessoas boas dão. Atenção que dão pra todas as pessoas que são queridas. Apenas isso. Nada mais.
A besta aqui, por não ter nada que seja realmente bom na vida, fica aqui, fazendo de riscos no papel, um arco-íris enorme que corta todo o globo terrestre.
E fico eu aqui, totalmente absorta em pensamentos e idéias que eu não devia ter criado, por amor próprio. Mas como isso é uma coisa que falta em mim, eu prefiro ficar me matando em sonhos que, quando acordo, sei que são coisas inatingíveis.
Porque eu não sou ninguém importante, por mais que eu queira sentir que seja e por mais que as pessoas queiram que eu me sinta. Porque eu só sou mais um ser humano comum, com suas divergências, suas características, suas vontades (concretizaveis ou não), com seus sentimentos. Sentimentos que por mais pura que as pessoas sejam, um dia sempre acabarão passando por eles como se fossem árvores no caminho pra casa.
Eu falo isso, eu penso nisso, eu sofro com isso, mas não consigo deixar ir embora de mim a sensação de ter alguém em que pensar e de me iludir que alguém pense em mim da mesma forma e situação.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Tenho um texto pra digitar, mais como um desabafo. Porém, talvez não sei quando o postarei.
Abraços (com desodorante, por favor).





A parte mais bela de meu corpo. E são naturais!! hauheuiheuiaheuihauiehuaiheuiae...
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