sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Tudo morno. Fim de semana começando tri cedo, sem aula na sexta =/

Odeio fim de semana. É tão bom você passar a semana ocupado com algo útil e, tendo boa vontade, interessante. Então, chega o sábado e vem a "xaropice" de não ter o que fazer e pior ainda, se tem o que fazer, não se tem companhia pra fazer. Tudo de interessante fica a quilômetros do meu bairro. Ai, chega a meia-noite, pronto, me conformo de ter passado mais um sábado em casa, vegetando e amargurando. Domingo, vida morta, mas pelo menos bate um ânimo em pensar que "amanhã" é dia de ir no centro e voltar à rotina diária de aula. Mas também me voltam os questionamentos sobre se o que eu estou fazendo é o certo.

Enquanto eu estava na fossa, nada me fazia sentir bem. Depois, com o tratamento, decidi carregar a vida e esquecer das decepções que ela me deu e que ainda vai me dar. Aí, agora, coloco-me diante de um dilema que decidi que não teria mais, que não valeria mais à pena ter.


O que fazer, quando se tem diante de si uma situação praticamente igual à uma que já te fez sofrer muito, que te fez tirar da cabeça esse assunto, mas que no fundo sempre vai estar lá? Gostar de alguém.

Vale à pena?

Vale à pena confiar um sentimento tão rico em bondade e fraternidade a alguém? Nem você mesmo tem capacidade suficiente de cuidar do amor de alguém.

Aí está a questão. Você saber que o ser humano é fraco, e ainda assim ter necessidade de confiar a ele sua empatia. Você saber que até você mesmo não tem responsabilidade de cuidar desses cristais tão delicado que são os bons sentimentos das pessoas, e ainda assim sentir vontade de que cuidem dos seus.

A vida é uma eterna corda-bamba. Até os 60 anos de idade, ela ainda nos reserva uma cama-elástica para nos reestabilizarmos. Vendo assim, até que a vida é boa, porque são tantos os empurrões que nos dão e enroscadas e tropeços que nós próprios levamos, que é uma honrosa benevolência termos a cama-eástica pra tomarmos impulso e começar denovo.

Mas, mais uma vez, constatamos o quão fraco é o ser humano. Ele não se arrisca a trocar de pernas quando vê que a outra pode ser mais resistente. Ele prefere continuar sentindo cãimbras na perna e remorso por não trocar, do que se arriscar no pulo para se afirmar na outra.

Às vezes, parece que só eu tenho essa audácia de trocar de perna na corda-bamba. E muitas vezes eu me ferro, mas ainda guardo a esperança de um dia acertar o impulso.

Vale à pena?

Resta você me dizer.



[Um amigo me disse que homens não entendem indiretas. Mas elas são tão mais belas. Pode se entendê-las ou não, é o risco que eu prefiro correr =)]





-> Estou com uma sutil intuição que o novo CD do Offspring me dará gás.


2 comentários:

Anônimo disse...

Hmm... Ainda bem q nao nos conhecemos pessoalmente, vc eh uma mulher por quem eu ficaria caidinho num piscar de olhos, sinceridade e personalidade marcantes me atrem e vc tem as duas de sobra =)

Rio Grande... ah Rio Grande... não é fácil viver aqui... eu te entendo, te entendo tao bem que dói... espero que que o fim de semana nao tenha sido tao ruim, apesar dessa combinacao cretina de chuva + frio + vento limitar mais ainda as possibilidades limitadas. Mas acredito que nao eh dificil praticamente qualquer coisa ser melhor do q ficar vegetando na frente do PC durante praticamente dois dias inteiros ( como eu ).

Enfim... sinceramente nao sei nem pq to comentando, talvez pra contradizer que ngm le o q escreve ( nunca comentei pq tenho um passado negro com blogs, longa historia... )... nao sei mesmo. Deu vontade. Mas vo parando por aqui pq sou horrivel com palavras e sempre acabo enchendo linguica ao inves de falar algo q preste, nao quero que vc tbm me odeie xD

Um abraçao de urso pra vc \o/

Felipe Ramone disse...

Homens entendem indiretas, mas se fingem de desentendidos..

pense nisso!

=P

UAHuiHOAui

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