terça-feira, 24 de março de 2009

Justificativa [inútil]

Por mais incrível que pareça, ando com MUITAS idéias e com pouco tempo para discorrê-las.
Enchi o saco de escrever no celular, e depois complementar aqui, dá muito trabalho escrever no celular, mesmo com a previsão de texto.
Esses dias no ônibus, eu estava extremamente chateada com problemas pessoais, o corno do motorista só parou quando eu quase me atirei na frente do ônibus, e aí, pra complementar, tinha uma praga de uma criança que soltava gritinhos estridentes de 2 em 2 minutos. Coloquei meu mp3 no ouvido, no máximo que ele alcança (que não é muito), um punk rock nervoso e grudante, e ainda assim, se ouvia os berros. A cada grito, eu fechava os olhos, suspirava, suspirava de novo, me controlando pra não levantar do meu banco, ir até a criança, pega-la dos ombros, sacudir, e gritar na cara dela "CALA ESSA BOCA, SEU DEMÔNIO MALDITO".
Essa situação me fez refletir, ainda no ônibus, o quanto guardamos nossas sensações pra nos mantermos "sociáveis", e isso afeta unica e exclusivamente a nós, que vamos guardando todos os sentimentos [os de euforia, por não sair pulando de felicidade pela rua, os de fúria, por não gritar e chacoalhar alguém que te perturbe], tudo se transforma em estresse, em ansiedade, até em depressão, enquanto aqueles que iam te condenar se pulasses pela rua a cada alegria, ou gritasse com alguém a cada nervo estourado, estão lá, vivendo suas vidas e rindo da cara dos outros.
Mas eu ainda tenho esperança de que lá no fundinho, esses pessoas sintam o mesmo vazio de não expressar suas emoções.
Então, também pensei em escrever sobre mentiras e verdades, sobre esquis(z)ofrênicos da sociedade, sobre pessoas escrotas, sobre elos de amizade perdidos, e ainda achei no meu celular, um esquema de um texto sobre esses radinhos que rolam por aí, sendo que já foi inventado os fones de ouvido, esse esquema guardado a meses no celular.
Mas não ando com tempo pra escrever "legal" sobre essas coisas. E também me desestimula quando leio meus textos e sinto meio repetitivos. Mas mais é o tempo mesmo. Esse ano, os professores acham que só temos a disciplina deles, e cada um passa zilhões de textos pra ler, resumir, fichar. E o pior, esse ano, não estou me adaptando ao curso =S
Buenas, uma hora vai.

4 comentários:

Unknown disse...

O Freud chama de impulsos, instintos ou pulsões essas vontades reprimidas. Ele chama de "id" a parte de nós que deseja realizar esses impulsos (como o de esganar a criança que grita) de qualquer jeito. E chama de "superego" a parte da consciência que reprime e controla esses impulsos, fazendo com que fiquemos sentados no banco do ônibus "bem comportados" e nos sentindo reprimidos. E sim, todo mundo sente esse tipo de coisa. Todo mundo tem conflitos internos. Que eu saiba não tem ninguém por aí que nunca sinta nenhuma angústia e que fique sempre "rindo" de nós "mortais". Já pensaste em estudar psicologia? Acho que levas jeito. Beijo!

Débora L. Freitas disse...

Deuzolivri!
Só de estudar "Psicologia da Educação" por dois semestres, já fiquei mais biruta do que já sou!

Psicólogo Cláudio Drews disse...

Tenho esse mesmo problema... Muitas idéias boas que pipocam e pouco tempo e/ou disposição para explorá-las... Em especial aquelas que exigem alguma ação prática... ):
Também faço anotações no celular quando estou no meio da rua ou quando acordo no meio da noite, mas a maior parte dessas anotações acabam se perdendo...

Joyce Abrantes disse...

"CALA ESSA BOCA, SEU DEMÔNIO MALDITO".
EAOHEOHAEOHEOHAOEHOAEH
Muuuito bom o post.
Eu concordo com grande parte das coisas que tu disse. Eu, por exemplo, se fosse esganar toda pessoa que me irrita no onibus, eu já teria sido presa!
Mas faz parte, né. Guarde emoções e os transforme em stress...
é a vida.

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