terça-feira, 7 de abril de 2009

Nada.

Eu li nos meus rascunhos que eu precisava escrever sobre o medo aqui. Mas tem se tornado difícil escrever sobre os assuntos sem entrar numa perspectiva pessoal, onde o que se torna explícito são os meus problemas em específico, e não o assunto em si.
Se eu fosse escrever sobre o medo, escreveria como ele atrapalha a minha vida, e não o que é o medo e o que ele causa, em sua essência. Acho que essa minha dificuldade tem se dado pelo pouco tempo, pela pouca paciência, e porque creio ter entrado em mais uma daquelas fases em que penso que "é mais fácil viver sem pensar muito, então, foda-se minha consciência, vou mais é viver".
Isso tira um pouco a minha "criatividade" em escrever textos, porque já não tem mais sentido questionar, nem criticar. Todo mundo tem seu ponto de vista, e nada do que o outro pense vai mudar algo, realmente. Então, acabo guardando minhas concepções pra mim mesma, pra não incomodar os outros. Em parte, porque em muitas ocasiões eu gostaria que as pessoas guardassem suas concepções para elas mesmas e não fizessem questão de compartilhá-las comigo.
Nossa cabeça fica muito perturbada com os zilhões de informações diferentes que recebemos a cada dia. Só com os nossos pensamentos e nossa formação, já ficamos cansados e confusos, imagina com os outros "metendo a colher" na nossa cabeça! Se já é uma atividade bastante complexa organizar nossos pensamentos, pior ainda é tentar conciliá-los com pensamentos diferentes. É de fode*.
O meu "escrever sobre o medo" seria mais uma pergunta de como lidar com o medo, e distinguir o que traz medo e o que nós transformamos em medo. Não seria como discorrer sobre "medo".
Seria como relatar como o medo me consome, e como odeio isso, e tentar dimensionar pras pessoas o quanto isso me incomoda, e o quanto luto, ou tento lutar para que eu transforme muitos dos meus medos em fatos racionais, em que não se precisa ter medo.
Isso porque eu acho que ainda não tenho um objetivo traçado na vida. Aliás, nem sei se deveria, ou se é preciso ter um.
Então, compreendem? A coisa toda ia se tornar mais um texto sobre Transtornos de Ansiedade, e não iria acrescer em nada, o pouco que algum texto daqui possa acrescer na vida de alguém.
Esses assuntos devem ser tratados numa psicóloga, e não em um blog.
Quem sabe, a minha fase de "não adianta falar" passe, e eu volte a falar sobre as coisas repetitivas, revoltadas e repugnantes que costumo falar.
Até mais ou menos.

2 comentários:

Unknown disse...

Vestir ou não vestir a carapuça...?

:p

Débora L. Freitas disse...

Não vestir.
Me refiro a pessoas de contato frequente, e pessoal, mais diretamente falando =)

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