sexta-feira, 10 de maio de 2013

Ah... o Rock and Roll...

É sempre divertido falar de Rock. Como ninguém pergunta nada pra mim, resolvi contar aqui, que as "paredes" me ouvem. E também porque é bom uma dose de narcisismo de vez em quando.

Todo mundo tem um passado negro, e eu começo dizendo que na faixa etária dos 6 anos,  eu sabia de cor todas as músicas do "É o Tchan" (o que não era muito difícil). Depois, na faixa dos 10 anos, o sertanejo (naquela época, não era "universitário", o que diminui a quantidades de pontos negativos pra mim) era a trilha sonora, sonhando fazer a dupla "Thaís e Laís" com a minha amiga de infância. Meu irmão faz questão de lembrar que, nessa época, eu debochava de uma propaganda de uma banda na TV: "Punk Rock até os Ossos, que merda é essa??". Triste.

Então, lá pelos 13 anos, a coisa começa a melhorar. Meu círculo de amizades se ampliou; mesmo assim, a época era do KLB, lembra, A** P****? (talvez ela não queira revelar o nome, hauehaiuahe). Porém, tinha uma das amigas desse novo círculo de amizades que, ironicamente, era e permanece hoje a menos "rockeira" do bando, que possuía dois CD's que mudaram a minha vida: Live in Roma, do Nirvana, e Appetite for Destruction, do Guns N'Roses. 

Quando ouvi a primeira vez os ditos CD's, de cara identifiquei umas 5 músicas que tinha ouvido na rádio, gostado, mas não sabia do que se tratava. Então, descobri o Rock.

Aí foi uma corrida desenfreada. Em época em que a classe média baixa ainda não tinha tanto acesso à internet, eu e minhas amigas recorríamos à loja de revista da vila (tenho umas revistas do Nirvana até hoje), atrás de informações sobre bandas de rock. Lembro que ao descobrir o nome da banda que tocava "Rock and Roll All Nite" eu e a Paula sentamos no PC do meu irmão, com internet discada, á procura de "novidades" no Google. Eram blogs pequenos e informais de onde tirávamos as primeiras informações de tudo que curtíamos.

Surrupiei uma fita cassete do meu irmão do Faith no More, e repetíamos mil vezes "Epic" no micro-system da Paula (eu era tão pobre dos inferno que nem rádio com CD eu tinha). Tínhamos "gozos" com Bon Jovi. Redescobri uma fita dos Mamonas Assassinas e do Skank que ganhei na minha época de axé/sertanejo e não dei muita importância. 

Peguei todas minhas fitas sertanejas e regravei em cima com músicas que tocavam na Atlântida (nessa época, era boa). Fui no meu primeiro "show" de rock, da Bandaliera, em uma Festa do Mar.

Ana Paula, Raquel, Liliane, Charlene e eu, éramos as estranhas da escola. Usávamos camisas de rock, calça velha e All Star, andávamos com revistas pra cima e pra baixo, éramos bem "infantis", mas MUITO felizes.

Lá perto dos meus 15 anos, eu estava no BIG com minha mãe, e vi um CD de oferta de uma banda de rock, que eu não conhecia muito, mas como estava "10 pila", pedi para ela. Quando cheguei em casa, identifiquei uma, e pirei com as outras 13. Era o "Conspiracy of One", The Offspring entrando na minha vida. Em 2004 ganhei ingresso pro show deles em Porto Alegre, mas, de novo, a pobre dos inferno, não pude ir pela falta da grana pra passagem (e ah, eu tinha 15 anos =\).

Bom, depois disso, fissurei unica e exclusivamente por Offspring (e Ramones) por uns 4 anos, minhas amigas meio que se foram pro lado do Hard Rock. Também me deixei levar por elas, quando "descobrimos" os festivais. Muitos problemas, "meninas de família", saindo à noite sozinhas, em eventos "não-formais", éramos o terror das mamães (mesmo sendo castas, sem beber álcool ou usar drogas, ligando quando chegava e quando saíamos dos lugares). Shows da extinta DDT, os shows no extinto "Plebe Rude Espaço Underground".
Show do Marky Ramone em Rio Grande, minhas melhores amigas lá, um dos melhores momentos da minha vida. Desculpa, gente, cantei com Duda Calvin! E terminei um namoro de 1 ano e 8 meses =D

Quando entrei para a faculdade de Geografia, me afastei das amigas e dos festivais, fiquei solitária e depressiva, mas o rock sempre mudando minha vida. Conheci, pela Paula e Raquel (e pela extinta "War Machine"), Skid Row, Guns N'Roses (in fact), Aerosmith, Motorhead, AC/DC, Van Halen, entre outras menos importantes (para mim). Tudo muito intenso e rápido.
Nessa época que o Hard Core entrou na minha vida, através de uma amiga da faculdade que nem rockeira era, que me passou umas duas músicas do Bad Religion. Me afundei nas drogas da internet, participava intensamente de uma comunidade de Punk Rock, onde me divertia pelas madrugadas, mais ou menos quando meu amigo virtual, Paulo Roberto, me apresentou ao Ska-P (que, inclusive, virou objeto da minha monografia de conclusão da graduação).

Depois, com o amor da minha vida, meio que voltei a ouvir Nirvana (como não, cara mais doido por Nirvana, nunca vi), fui, finalmente, ao show da minha ETERNAMENTE FAVORITA The Offspring, passei mal, chorei, cantei, pegamos caronas com uns moleques desconhecidos que, ao chegar no carro deles, decobrimos serem "de posses", hehehe. Conheci coisas diferentes, como Kaiser Chiefs, Strokes, retomei The Hives, Metallica (outro show memorável, pelo lamaçal do Parque Condor em POA e pelos respingos em nossos calcanhares que não sabíamos se era lama pura ou vômito alheio).

Numa idade avançada da vida, decidi que deveria conhecer mais bandas de Hard Core, já que, ora bolas, era o som que mais me empolgava, e descobri Pennywise, aprofundei Dead Kennedys, Agnostic Front, Bad Religion, Bad Religion e Bad Religion. E continuamos aí "na atividade": atividade de velhos, só ouvindo musiquinha no MP3 e com preguiça de saír à noite quando tem algum evento na cidade.

Agora, nunca nunca posso me esquecer daquele grupinho de amigas que sempre estiveram do meu lado na melhor fase da minha vida e marcam até hoje minhas motivações (mesmo com brigas e rompimentos).

Essa postagem, acaba sendo uma homenagem à juventude, ao Rock e à amizade (e ao meu narcisismo).
=)


E aqui, uma música que me fez distender um músculo do pescoço ao tentar imitar a banda em um show da New Hell Band, no extinto Plebe Rude Espaço Underground:




Um comentário:

Raquel Log disse...

Ahhh Débs! Nosso círculo de amizade por um tempo sumiu mas estamos de volta juntas... o que quer dizer que não adianta, nada além do tempo nos separou (por pura malandragem heuehueh) Amo vcs!

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