sexta-feira, 19 de maio de 2006

Tudo é futilidade

É horrível isso. Todos vão ficando velhos, planos e atitudes mudando. Há três anos atrás tudo era diferente, amigos novos, vida nova. Mas não foi só minha vida, meus planos e minha cabeça que mudou nesse tempo. Muitas pessoas que eu nem imaginava chegar, chegaram onde estão e mudar como mudaram.
E eu aqui, de tempos em tempos não encontrando um caminho a seguir. Há três anos era tudo aproveitar e agora as coisas se resumem a pensar e planejar. Tomando como exemplo, os planos que tinha com 15 anos não fazem mais parte do principal que busco, que nem este sei qual é.
Busco nas lembranças encontrar algum sentido em alcançar algo na vida. Porém, quando relembro, me sinto e sinto a vida mais vazia. Em pouco tempo tudo vira passado, viram vagas lembranças, estas que, às vezes, nos fazem rir e segundos depois chorar em tomar consciência de que não volta.
Pessoas que apostamos tanto, hoje são só lembradas por um “oi”. Amigos que acreditava que teria, hoje são apenas conhecidos raramente simpáticos. Em alguns meses, nossas “metas” tomam um rumo absolutamente diferente. Como pensar no futuro dessa maneira, com tudo em intensa mobilidade?
Fotos são os registros mais melancólicos do que era e não será mais. Nunca mais será possível fazer aquela pose que nos fez rir durante semanas, porque ninguém é mais o mesmo.
Quando releio o que escrevi, eu sinto algo estranho, como vivesse em uma constante mentira. Eu não consigo entender como ser feliz em cima de recordações que anos depois, de alguma forma, soam como se aquilo não fosse você.



Débora Freitas
18 de maio de 2006.
15hs 33 min.

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