quarta-feira, 27 de junho de 2007

A Geografia é a síntese dos conhecimentos da natureza?

Hein, este é um texto que deveriiia ser de uma prova. Como eu não pude colar, a entregue pro professor ficou meio diferente. Bom, não é uma coisa chata sobre litosfera, manto, núcleo, e nem sobre as capitais do mundo. Fala sobre a sociedade de um modo geral.




A Escola Possibilista Francesa surge num momento que a França necessita crescer e retornar à grande potência. Seus pensadores, principalmente La Blache, se apóiam, na afirmação de que a sociedade é um organismo, onde todas as partes devem funcionar harmonicamente. Durkheim ainda afirma que as relações na sociedade têm origem na competição, esta que pode gerar conflitos. Para solucionar estes prováveis conflitos, é necessário criar “mecanismos de controle”, com a função de reintegrar as partes do sistema que estejam fora do padrão.
Esta posição do possibilismo francês nos dá a idéia, juntamente com a teoria possibilista que diz que “o homem pensante é capaz de modificar o meio”, de uma sociedade funcionalista, onde todos se comunicam com o administrador em comum, mas não se relacionam entre si. Com este pensamento, é absorvida também a lógica positivista, dos padrões. Poucos se opuseram a este pensamento, um deles foi Reclus, que era um socialista, anarquista, sendo assim, contra o ideal positivista, já que a anarquia prega a igualdade e diálogo entre todos, sem imposição de normais por um indivíduo com mais poder.
A partir daí, começa-se a evidenciar o afastamento do homem com a natureza, iniciado já entre Humbolt e Ritter na Alemanha. A Geografia assume o caráter funcionalista e se ramifica.
Saindo agora especificamente da Geografia Francesa, tomarei o rumo em direção à relação homem-natureza degradada ao longo do tempo.
No sistema capitalista, o que mais o sustenta é o acúmulo de capital. Para tal, é necessário que ocorra alguns processos que farão o homem precisar se submeter ao capital para viver. Sendo assim, o homem terá de oferecer algo em troca de sua sustentabilidade: o trabalho, a força de trabalho.
O trabalho para servir ao capitalismo distorce toda a relação homem-natureza em seu caráter biológico. O homem passa a ver a natureza como objeto a ser transformado para adquirir seu sustento e conforto, e não como sua essência vital, esquecendo que ele, o homem, também é natureza. O capitalismo, com seu pensamento funcionalista-positivista, cria os tais “mecanismos de controle” para integrar os homens nesse modo de produção, de viver.
O homem aliena-se, abandonando sua sensibilidade, seus desejos, para se vender ao mercado. Ele passa a ver o meio como objeto, se afasta de sua racionalidade individual e apenas crê que é preciso trabalhar em algo que lhe favoreça financeiramente para suprir suas necessidades.
Todo este processo é controlado pela cultura capitalista de possessão. Dependendo do ambiente, o homem já cresce pressionado a trabalhar para viver, e sente o trabalho como uma prisão. As pessoas e os meios de comunicação alienados por esta visão que convivem desde que entraram para a escola, onde foram “preparados” e integrados (somente para cometerem os mesmo erros que os antepassados cometeram), espalham esse pensamento como sendo o único caminho, e que este caminho um dia lhe trará a liberdade. Liberdade de expressão e decisão, o que é um total engano. Que liberdade é essa que nos impõe até onde devemos pensar e ser diferentes? Que sociedade “democrática” é essa, onde quem está fora do padrão é visto como aberração?
A maioria das pessoas realmente crêem nesta “liberdade”, ou apenas preferem se cegar à realidade. A maioria delas leva uma vida pacata, preocupadas em pagar as contas, e felizes por terem no fim de semana um programa “diferente” na TV.
A relação homem-trabalho dentro do capitalismo, fez com que os cidadãos abandonassem a natureza de pensar, a natureza que está aí para cada se relacionar a seu modo. Eles apenas deglutem o que é imposto, sem perceber que até esta condição é uma imposição. E ainda acreditam que são importantes, ou até especiais, por contribuir com a sociedade e terem sua recompensa, a qual eu, particularmente, não vejo nada de reconfortante. É apenas mais uma regra a ser inconscientemente seguida pela sociedade capitalista.
Para os que tem “acesso à consciência”, dirão eles que o trabalho liberta, pois eles expressam de alguma forma as coisas que lhe incomodam ou que questionam. Qualquer caminho que seja perigoso a estimular o pensamento, é (ora sutilmente, ora drasticamente) abolido da convivência social, já que a chave do capitalismo é a alienação, privar os homens de abrir os olhos.
A Geografia se deu em um processo longo de adaptação. São poucas as oportunidades que temos para podermos pensar a respeito do que nos é imposto ao longo dos séculos, já que hoje em dia não é preciso pensar para sobreviver. Pelo contrário, os que têm a oportunidade de questionar os padrões, é duramente excluído ou mal visto durante sua existência.
Da minha vivência, posso dizer que os únicos momentos que tive de compreensão das indagações pertinentes em meu cérebro, foram ao estudar esta disciplina (História do Pensamento Geográfico), já que eu, como todos que estão em uma universidade, vieram de uma vida funcionalista, conhecendo uma geografia crua onde alguns, como eu, não conseguiam encontrar respostas
às questões que nos eram impertinentes.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ohhhhh...
Palmas, palmas, palmas! Não, não, pooor favor... palmas para esta menina!!!
E pá, foi mal aí por não ter planejado uma estratégia melhor ou um plano B de cola, aquele dia! Sei lá, pelo menos eu tentei! Acho que valeu a intenção, né?! Perdoa? Afinal, o que a gente não coreia por alguém que admira?! [Ahhh, droga... até chorei agora! Desculpa! Não resisti! Sabe como é um EMO, né?! É que meu colaxãoxinhu ficou meio tixti e caiu uma lágrima nele, sabe?!]Huahuahuahuaha Vergonhosamente revelo o nosso segredinho de que eu colei, tu não conseguiu e mesmo assim tua nota foi superior a minha! Pode ser uma desculpa esfarrapada, mas dá um desconto porque eu so BIXO, pô! Depois de ler teu texto, me conforta o fato de que poderia ter sido mais vergonhoso ainda, se teu texto da prova tivesse ficado idêntico a este, porque se assim fosse... terias tirado 10, 10,5!

Até na ausência eu incomodo, viu?!
Chega! Por aqui é só!

Felipe Ramone disse...

UIIUAOohuIOAHiuhIUAOhuia

nossa, isso pq era um plano B!

parabéns minha Tamagoshi!

XD

Anônimo disse...

gostei pelo album do ramones e pelo texto me passa as referencias dele...do texto claro!kkkk bjus

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