segunda-feira, 31 de julho de 2006

Bem feito.

Resolvi não mandar esse e-mail pras pessoas, então só que visita meu blog terá o prazer de dar boas risadas por hoje.

AOS CAGÕES DE PLANTÃO...
Um dia de merda...
de Luiz Fernando Veríssimo

Aeroporto Santos Dumont, 15:30. Senti um pequeno mal estar, causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse.

Mas, atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas.
Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão. "Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo."
O avião só sairia as 16:30. Entrando no ônibus, sem sanitários. Senti a primeira contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto.
Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil, falei: "Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto Porque preciso largar um barro." Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei aforça de vontade para trabalhar e segurei a onda. O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo Alto falante:
"Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos >Levara em torno de 1 hora, devido a obras na pista."
Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo. Fiz Um esforço herculeo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação ânus a qualquer momento. Suava em bicas. Meu amigo percebeu, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro. O alivio Provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por Enquanto as coisas tinham se acomodado. Tentava me distrair vendo TV mas só >Conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada, mas com um vaso Sanitário tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele. E o Papel higiênico então: branco e macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi, consternado, que havia cagado. Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que dá vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los a apreciar na privada. Tão perfeita obra, dava prá expor em uma bienal. Mas sem duvida, a situação tava tensa.
Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de solidariedade, e confessei sério: "Cara, caguei."
Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle. Que se dane, me limpo no aeroporto." - pensei. "Pior que Isso não fico." Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte. Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira mas não pude evitar, e semmuita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda. Desta vez, como uma pasta morna. Foi merda para tudo que é lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calcas, meias e pés. E mais uma cólica anunciando mais merda, agora liquida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo a liberdade. E depois um peido Tipo bufa, que eu nem tentei segurar, afinal de contas o que era um peidinhopara quem já estava todo cagado. Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa. E me caguei pela quarta vez. Lembrei de um amigo que certa vez estava Com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca, mas colocou as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo levou metade dos pêlos do rabo junto. Mas era tarde demais para tal artifício absorvente. Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada. Finalmente cheguei ao aeroporto e saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no Bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de oupas. Corri ao banheiro e entrando de boxe em boxe, constatei a falta de papel higiênico em todos os cinco. Olhei para cima e blasfemei: "Agora chega, Né?" Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para analisar minha situação (que concluí como sendo o fundo do poço) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia. Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinhafeito o "check-in" e ia correndo tentar segurar o vôo. Jogou Por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte. Ele tinha despachado a mala com roupas. Na mala de mão só tinha um pulôver de gola "V". A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus. Desesperado comecei a analisar quais minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis. Minha cueca, jogueino lixo.
A camisa era história. As calças estavam deploráveis e assim como minhas meias, mudaram de cor tingidas pela merda. Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1 a 10. Teria que improvisar. A invenção é mãe danecessidade, então transformei uma simples privada em uma magnífica máquina de lavar. Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água. Comecei a dar descarga até que o grosso da Merda se desprendeu. Estava pronto para embarcar. Sai do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, as calças do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não Exatamente limpas) e o pulôver gola "V", sem camisa. Mas caminhava com a dignidade de um lorde. Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando o "RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO" e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria. A aeromoça aproximou-se e perguntou se precisava de algo. Eu cheguei a pensar em pedir 120 perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma Gilete para cortar os pulsos, mas decidi não pedir: "Nada, obrigado. Eu só queria esquecer este dia de merda!"

Um comentário:

Anônimo disse...

Hiauhaiuahaiuahiauhai!!!!
Eu to morrendo (ou me cag****) de tanto rir!
Bah... muito tri esse texto!

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